PUBLICIDADE

Bolsonaro diz que vacina precisa ser certificada: 'a gente não sabe o efeito colateral'

O presidente, que já afirmou que não tomará imunizante, tem demonstrado resistência às vacinas justificando que estas são de uso experimental

Por Emilly Behnke e Anne Warth
Atualização:

BRASÍLIA - O presidente Jair Bolsonaro voltou a dizer nesta terça, 12, que os efeitos colaterais da vacina contra a covid-19 ainda não são conhecidos. Em conversa com apoiadores, ele se queixou mais uma vez do fato de laboratórios farmacêuticos não se responsabilizarem por efeitos adversos.

Em conversa com apoiadores, Bolsonaro se queixou mais uma vez do fato de laboratórios farmacêuticos não se responsabilizarem por efeitos adversos Foto: Gabriela Biló/Estadão

PUBLICIDADE

"A questão da vacina, não posso ser irresponsável e comprar a vacina que tiver na prateleira de qualquer país do mundo. Tem que passar pela Anvisa, Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Tem os protocolos", disse para um grupo de simpatizantes na saída do Palácio da Alvorada nesta manhã. 

O presidente, que já afirmou que não tomará imunizante, tem demonstrado resistência às vacinas justificando que estas são de uso experimental. "A gente não sabe o efeito colateral e os laboratórios até o momento não se responsabilizam por efeitos colaterais, se tiver um problema sério aí é problema teu não é do laboratório que produziu aquela vacina", afirmou.

Na conversa com apoiadores, o chefe do Executivo comentou também sobre a situação do Amazonas, que vive nova alta de casos e mortes por conta da covid-19. Segundo o presidente, a situação na capital do Estado estava um "caos" e, por isso, pediu que o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, estivesse ontem lá. 

O presidente atribuiu a situação crítica do Estado à falta de um tratamento precoce. "Mandamos ontem o nosso ministro da Saúde para lá (Manaus). Estava um caos. Não faziam o tratamento precoce. Aumentou assustadoramente o número de mortes", citou. Ele disse ainda que Pazuello já teria "interferido" para resolver a situação.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.