Bolsonaro volta a criticar 'alarmismo' e diz que Brasil não pode ser comparado à Itália

Bolsonaro falou na manhã deste domingo, 22, com prefeitos. Balanço mais recente do Ministério da Saúde mostra que o País já tem 18 mortes pela doença e outros 1.128 casos confirmados

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Por Vinícius Valfré
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BRASÍLIA - Em reunião com prefeitos de capitais na manhã deste domingo, 22, o presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar o que chama de "alarmismo" na crise do novo coronavírus. "Há um alarmismo muito grande por grande parte da mídia. Alguns dizem que estou na contramão. Eu estou naquilo que acho que tem que ser feito. Posso estar errado, mas acho que deve ser tratado dessa maneira", afirmou.

Presidente Jair Bolsonarono Palácio do Planalto Foto: Sergio Lima/AFP

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Bolsonaro fez as declarações ao ao lado do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que tem liderado as ações do governo federal no combate à pandemia. O presidente também disse que a situação da doença no Brasil não deve ser comparada à de países da Europa.

"Não podemos nos comparar com a Itália. Lá o número de habitantes por quilômetro quadrado é 200. Na França, 230. No Brasil, 24. O clima é diferente. A população lá é extremamente idosa. Esse clima não pode vir pra cá porque causa certa agonia e causa um estado de preocupação enorme. Uma pessoa estressada perde imunidade", afirmou o presidente.

Bolsonaro deixou a reunião antes do fim. Chegou à sede do Ministério da Saúde às 9h42 e deixou o local às 11h26. Ao deixar a videoconferência, o presidente parabenizou os prefeitos por colocarem "o interesse público acima de qualquer coisa".

Balanço divulgado pelo Ministério da Saúde no final da tarde deste sábado, 21, mostra que o Brasil já tem 18 mortes pela doença e outros  1.128 casos confirmadosSão Paulo concentra o maior número de óbitos, 15, e de casos suspeitos, 459.

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