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Bolsonaro minimiza Ômicron e diz que variante pode sinalizar fim da pandemia

OMS alerta, porém, que não é possível descartar riscos da nova cepa do coronavírus; presidente voltou a criticar governadores por medidas de isolamento social

Foto do author Iander Porcella
Por Iander Porcella (Broadcast)
Atualização:

BRASÍLIA - O presidente Jair Bolsonaro sugeriu nesta quarta-feira, 12, que a variante Ômicron do coronavírus, que tem provocado um aumento de infecções e da procura por testes de covid-19 no Brasil, é “bem-vinda” e pode sinalizar o fim da pandemia.  Dados apontam que a nova cepa do coronavírus tem causado menos mortes do que em outras ondas da crise sanitária, diante do cenário de vacinação mais alta, mas a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou que ainda é cedo para tratar a covid como uma doença endêmica.

Bolsonaro durante solenidade em Brasília; presidente voltou a criticar governadores por medidas de isolamento social Foto: Gabriela Biló/Estadão - 14/12/21

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"A Ômicron, que já espalhou pelo mundo todo, como as próprias pessoas que entendem de verdade dizem, ela tem uma capacidade de se difundir muito grande, mas de letalidade muito pequena", afirmou o chefe do Executivo, em entrevista ao site Gazeta Brasil, que o apoia. "Dizem até que seria um vírus vacinal. Algumas pessoas estudiosas e sérias e não vinculadas a farmacêuticas dizem que a Ômicron é bem-vinda e pode sim sinalizar o fim da pandemia", acrescentou. 

Bolsonaro também voltou a minimizar a pandemia. “A saúde no Brasil sempre foi um caos. Por que agora essa preocupação enorme com a covid? Você tem de ter com qualquer doença. Ficou uma doença politizada”, disse. 

Em entrevista veiculada nesta terça pela Jovem Pan, o presidente havia afirmado que haverá "caos" e "rebelião" se o País decretar lockdown neste ano por causa da piora da crise sanitária, diante do espalhamento da Ômicron. 

"O Brasil não resiste a um novo lockdown. Será o caos. Será uma rebelião, uma explosão de ações onde grupos vão defender o seu direito à sobrevivência. Não teremos Forças Armadas suficientes para a garantia da lei e da ordem", disse Bolsonaro, após criticar os governantes estaduais.

Diferentemente do "lockdown" que o presidente citou, contudo, foram tomadas apenas medidas localizadas de isolamento social e restrição de circulação de pessoas no Brasil. Estados têm adotado, por exemplo, restrições a eventos com grandes aglomerações. 

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