09 de fevereiro de 2011 | 12h57
BRASÍLIA - O Ministério da Saúde anuncia nesta quarta-feira, 9, em Brasília o início da produção nacional do medicamento antirretroviral Tenofovir. Com a medida, metade dos antirretrovirais oferecidos no Sistema Único de Saúde (SUS) serão fabricados no país.
A produção nacional do medicamento antirretroviral Tenofovir vai gerar uma economia para o país de cerca de R$ 80 milhões por ano. A versão genérica do remédio será produzida pelo laboratório da Fundação Ezequiel Dias (Funed).
De acordo com o Departamento de Doenças Sexualmente Transmissíveis, Aids e Hepatites Virais (DST-Aids), a autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) prevê a produção de 9 milhões de comprimidos a partir da próxima semana. O primeiro lote nacional do remédio estará disponível para os pacientes a partir do final de março.
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Atualmente, cerca de 64 mil pessoas com aids em todo o país, além de 1,5 mil diagnosticadas com algum tipo de hepatite, fazem uso do medicamento. O diretor do departamento, Dirceu Greco, lembrou que, com o anúncio da produção nacional do Tenofovir, dez dos 20 medicamentos antirretrovirais oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) passam a ser fabricados no país.
"É uma medicação extremamente importante dentro do chamado coquetel para a aids. A produção nacional facilita o processo de sustentabilidade do programa de acesso universal aos medicamentos", disse. "É um grande momento. Tomara que tenhamos vários outros", completou.
O diretor do Complexo Industrial e Inovação em Saúde, Zich Moysés, explicou que, além de "internalizar" a tecnologia, a produção nacional do Tenofovir aumenta a competitividade da própria indústria e facilita que o processo se estenda a outros remédios. "A produção interna significa ter produtos na hora em que a gente precisa", destacou.
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