Brasil passará a internar apenas casos graves de gripe suína

Atualmente, mesmo casos suspeitos com sintomas leves são internados em leitos de isolamento

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Por Fabane Leite e de O Estado de S. Paulo
Atualização:

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, anunciou na manhã desta terça-feira, 2, em São Paulo, que autorizará que hospitais de referência de todo o País internem apenas as pessoas com suspeita de gripe suína que estejam em estado grave - como, por exemplo, aquelas que apresentem comprometimento pulmonar. Também grupos de risco, como crianças, serão internados.

 

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Atualmente, mesmo casos suspeitos com sintomas leves são internados em leitos de isolamento das unidades de referência, como medida para conter o vírus, mas já se sabe que a medida não é totalmente eficaz, pois muitas vezes o indivíduo só vai ao hospital depois de alguns dias de sintomas.

 

A mudança, que é aprovada por especialistas, segue o tratamento que é dado às demais doenças - só casos graves são internados - e visa liberar leitos para aqueles que realmente necessitam.  Ela já foi discutida pela pasta com os governos estaduais nos últimos dias, como informou o jornal O Estado de S. Paulo na edição desta segunda. Temporão, que visitou o Instituto de Infectologia Emílio Ribas, na zona oeste da capital, disse que deverá autorizá-la ainda hoje.

 

Ainda durante o evento, o secretário de Estado da Saúde, Luiz Roberto Barradas Barata, enfatizou que as crianças da creche em Campinas onde trabalhava uma mulher com gripe suína estão sendo monitoradas, assim como seus familiares. Ninguém apresentou sintomas da nova gripe até o momento. O Brasil segue com 21 casos confirmados da doença.

 

A creche a que o secretário se refere atende a 30 crianças, e ficará fechada por precaução durante dez dias. O fechamento de um estabelecimento por conta da presença de um paciente do vírus H1N1 é uma medida adotada pela primeira vez no Brasil desde que os casos da doença começaram a aparecer, e foi anunciada na noite de segunda-feira pelo Ministério da Saúde.

 

A funcionária, que passa bem, contraiu a doença de um homem de Vinhedo que chegou doente do exterior. O nome da creche não foi divulgado. “A interrupção das aulas é parte do controle estratégico da doença”, disse o secretário da Saúde de Campinas, José Francisco Kerr Saraiva.

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Em nota, o ministério enfatizou que não há evidência de transmissão sustentável do vírus A(H1N1) no País, isto é, não há surto ou epidemia da doença. No total, 21 casos foram confirmados no Brasil, principalmente em São Paulo (9) e no Rio de Janeiro (5). No total, sete casos são de transmissão autóctone (ocorrida dentro do País).

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