O Brasil está atrás só dos Estados Unidos (109.042) e do Reino Unido (40.344) em óbitos por covid. Países que já viveram o agravamento da pandemia só começaram a relaxar restrições de circulação ao menos um mês depois do pico. EUA, Reino Unido, Itália, França e Espanha esperaram, em média, 44 dias após o pico para flexibilizar quarentenas, como mostrou o Estadão. De quinta para sexta, foram confirmados ainda 30.830 casos do novo coronavírus no Brasil, o que aumenta o total para 645.771 infectados. A Organização Mundial de Saúde (OMS) diz que os países não podem reabrir sem ter capacidade para identificar onde o vírus está, isolar casos, mapear redes de transmissão e ter leitos para tratar todos os pacientes.O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta sexta que pode até deixar a OMS caso o órgão mantenha atuação “partidária”. O presidente, que tem contrariado orientações do órgão internacional sobre o combate à pandemia, afirma que “não precisa de gente lá fora dando palpite na saúde aqui dentro”. Há três semanas, o Ministério da Saúde do Brasil está sob comando de um interino, o general Eduardo Pazuello.
Governo atrasa divulgação do balanço de mortos Após o terceiro dia seguido em que o Ministério da Saúde atrasa a divulgação do número de mortos e infectados pela covid-19, o presidente Jair Bolsonaro indicou, nesta sexta ser proposital a mudança no horário", disse o presidente, em rerefência ao telejornal noturno da TV Globo, que detém a maior audiência do País. Mais tarde, porém, o jornal da emissora fez um plantão extraordinário para informar o balanço ao público. Questionado, Bolsonaro não confirmou ter partido dele a ordem para que os dados, antes entregues por volta das 19h, sejam apresentados apenas por vortla das 22h. "Não interessa de quem partiu (a ordem). Acho que é justa essa ideia da noite, sair o dado completamente consolidado", disse ele, que vem minimizando os riscos da pandemia e já chegou a dizer que a covid é uma "gripezinha". Na noite desta sexta, o portal covid.saude.gov.br, plataforma do governo federal que trazia dados sobre casos, óbitos e recuperados, saiu do ar. A mensagem que aparece é de "portal em manutenção".
Brasil é o país que mais confirma mortes por covid-19 Na compilação de dados feita pela plataforma Our World in Data, ligada à Universidade de Oxford, no Reino Unido, já há três dias o Brasil é o país que mais confirma mortes por covid-19 a cada 24 horas. Em termos absolutos, segundo dados da Universidade Johns Hopkins (EUA), somos agora o terceiro país do mundo com mais mortes (34.021), em rápida aproximação do Reino Unido, segundo colocado com 40.344 óbitos, e que tem registrado entre 300 e 400 mortes por dia já há algumas semanas.Ministério atrasa divulgação de infectados e mortos por covid-19 pelo terceiro dia seguido
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