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Brasil tem 240 casos de H1N1; OMS adverte América do Sul

No mundo, mais de 7,8 mil novos casos de gripe suína forma registrados em apenas um fim de semana

Por Elvis Pereira e Jamil Chade
Atualização:

O Ministério da Saúde anunciou no fim da tarde desta segunda-feira, 22, o aumento do saldo de casos de gripe A(H1N1) de 215 para 240. Contraíram a doença mais 15 moradores de São Paulo, 3 do Espírito Santo, 3 de Santa Catarina, 2 do Distrito Federal, 1 de Minas Gerais e 1 do Maranhão - a primeira confirmação no Estado. Segundo a pasta, todos os pacientes passam bem.

 

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Apesar de 16 pessoas terem sido infectadas no País, o ministério considera a transmissão limitada, sem evidências de sustentabilidade. Ainda estão sob investigação 159 casos. A pasta aguarda o resultado dos exames para confirmar ou descartas essas notificações. 

 

No mundo, mais de 7,8 mil novos casos de gripe suína forma registrados em apenas um fim de semana. O alerta é a da Organização Mundial da Saúde (OMS), que deixou claro que está preocupada com a situação no Cone Sul e adverte que o Brasil deve esperar um aumento ainda maior de casos nas próximas semanas, diante da temporada de inverno que começou.

 

No total, 51 novas mortes foram registradas pela OMS em todo o mundo, elevando o número total de vítimas para 231. Um número importante, porém, foi registrado nos Estados Unidos. No total, 52,1 mil pessoas em todo o mundo já foram identificados com o vírus desde abril.

 

O fim de semana foi um dos registrou a maior elevação desde a eclosão da pandemia. No total, foram 7,8 mil novos casos, principalmente nos Estados Unidos onde 3,5 mil novos casos foram identificados no fim de semana.

 

Mas o que vem chamando a atenção é o aumento de casos no Chile e Argentina. "Estamos acompanhando a situação no Cone Sul com especial atenção", afirmou o porta-voz da OMS, Gregory Hartl. Ele aponta que, em apenas três dias, mais de 1,1 mil novos casos foram registrados no Chile, elevando o total para 4,3 mil casos e com quatro mortos. Na Argentina, são 1010 casos, com sete mortes.

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A cúpula da entidade estima que, nas próximas semanas, o inverno na América do Sul deve fazer o número aumentar ainda mais. Hartl estima que fechar escolas, como em São Paulo, não será a solução para a pandemia. "Essas medidas podem de fato retardar a difusão do vírus. Mas não vão parar a transmissão nesses países", disse.

 

Segundo ele, a recomendação para as pessoas é que visitem um médico apenas se continuarem a se sentir mal ou tossir por mais de três dias. "A grande maioria dos casos é apenas suave e não qualquer impacto maior. Claro, temos casos de morte e por isso é que estamos recomendando que se os sintomas continuarem por alguns dias, um médico deve ser consultado", disse Hartl.

 

O Irã, Argélia, Bangladesh, Brunei, Fiji e outros países em desenvolvimento identificaram seus primeiros casos, o que gera mais um fator de preocupação para a OMS.

 

Há duas semanas, a OMS declarou que o mundo vivia um estado de pandemia da gripe suína e ainda alertou que o vírus circularia pelo planeta pelos próximos dois anos antes de perder força. Para algumas empresas, os resultados da gripe começam a aparecer. A Delta Airlines divulgou perdas de US$ 250 milhões neste ano diante do cancelamento de voos para o México em abril, além de perdas com a redução de passageiros.

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