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Brasil tem 25 casos suspeitos de gripe suína; 60 são descartados

36 pessoas estão em monitoramento; casos monitorados e suspeitos atingem 19 Estados do País

Por Solange Spigliatti , da Redação com Fabiana Marchezi , da Central de Notícias e AP
Atualização:

Subiu para 25 o número de casos suspeitos de Influenza A (H1N1) no País: Distrito Federal (2), Goiás (1), Mato Grosso do Sul (1), Minas Gerais (4), Paraná (1), Rio de Janeiro (3), Santa Catarina (1), São Paulo (10), Tocantins (2). Além disso, 60 casos foram descartados.

 

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De acordo com os últimos dados divulgados na tarde desta segunda-feira, 4, pelo Ministério da Saúde, os casos monitorados e suspeitos atingem 19 Estados. Em monitoramento estão 36 pessoas nos seguintes Estados:

 

Amazonas (2 casos), Bahia (1), Ceará (1), Distrito Federal (1), Espírito Santo (1), Mato Grosso do Sul (2), Minas Gerais (3), Pará (2), Paraíba (2), Paraná (1), Pernambuco (1), Rio de Janeiro (3), Rio Grande do Norte (4), Rio Grande do Sul (1), São Paulo (7) e Sergipe (4). Outros 60 casos foram descartados para a doença em 11 Estados do País.

 

O Gabinete Permanente de Emergências decidiu na sexta-feira, 1, alterar a definição de caso suspeito e em monitoramento para a doença, aumentando o rigor da vigilância para a contenção do vírus, o que levou ao aumento de 7 para 14 casos no sábado, 2. Com as novas regras, passam a ser considerados casos suspeitos aqueles de pessoas provenientes de qualquer área dos países com confirmação de casos e que apresentem os sintomas da gripe suína ou ainda aquelas que tenham tido contato próximo com pessoas infectadas.

 

Nestes casos, a pessoa apresenta febre alta de maneira repentina, em torno dos 38ºC, tosse, podendo estar acompanhadas de algum dos seguintes sintomas: dor de cabeça, dores musculares e nas articulações, dificuldade respiratória.

 

Segundo as regras anteriores, eram considerados casos suspeitos apenas as pessoas vindas de áreas afetadas dentro dos países com casos confirmados.

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Com relação aos casos em monitoramento, agora estão enquadradas nessa categoria as pessoas que têm sintomas compatíveis com a doença e que venham de países não afetados pela doença ou de áreas sem a ocorrência da doença em países afetados. Antes, só seriam colocadas em monitoramento as pessoas com sintomas e vindas de área sem ocorrência de caso em países afetados.

 

São considerados países afetados os países com casos confirmados e divulgados pelos governos ou pela OMS. Até o momento, a OMS reconhece a existência de casos suspeitos em 20 países: México, Estados Unidos, Canadá, Espanha, Reino Unido, Alemanha, Nova Zelândia, Israel, França, Itália, El Salvador, Áustria, Hong-Kong, Costa Rica, Dinamarca, Holanda, Irlanda, Suíça, Colômbia e Coréia do Sul.

 

Rio

 

Uma mulher que estava internada desde este domingo, 3, no Hospital Barra D'or, na zona oeste do Rio, morreu, na madrugada desta segunda-feira, 4, vítima de septicemia grave.

 

Segundo informações da assessoria do hospital, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recolheu amostras para realização de exames, que devem estar prontos e cerca de dois dias.

Segundo a Secretaria Estadual de Saúde do Rio, a paciente, de 50 anos, chegou dos Estados Unidos na última sexta-feira, 2, vinda de Michigan, e foi levada para o hospital, com febre, dor de cabeça e vômito.

 

De acordo com nota da Secretaria, a paciente que foi a óbito "não estava entre os pacientes do Estado do Rio de Janeiro com suspeita de ter o vírus Influenza A (H1N1), uma vez que o caso não preenchia os critérios estabelecidos pelo Ministério da Saúde".

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Inverno

 

Os países do hemisfério sul, que vêm escapando da infecção em larga escala  pela gripe suína, poderão se mostrar mais vulneráveis em breve, com a chegada do inverno a essa parte do mundo. A mudança de estação aumenta a chance do vírus se espalhar e sofrer mutações.

 

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Até agora, os países mais duramente afetados - México, Estados Unidos, Canadá e Espanha - são do hemisfério norte, que está a caminho do verão. Ao sul do equador, as temperaturas mais baixas é que são iminentes. No Brasil, o Ministério da Saúde contabiliza 25 casos suspeitos, 36 em obserbação e 60 já descartados. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) investiga a causa da morte de uma mulher que retornou doente de uma viagem aos Estados Unidos.

 

"Os maiores picos de atividade da gripe ocorrem no inverno", diz Rayna MacIntyre, chefe da Faculdade de Saúde Pública e Medicina Comunitária da Universidade de Nova Gales do Sul, na Austrália. "Para nós no hemisfério sul, isso é particularmente preocupante". O inverno no sul chega em julho.

 

O gripe dissemina-se mais facilmente no inverno principalmente porque as pessoas tendem a se aglomerar em lugares fechados, aumentando a chance de o vírus saltar de pessoa em pessoa. Também há alguma evidência de que o frio facilita a infecção, disse ela.

 

Especialistas também avisam que a gripe comum, que tipicamente se espalha no inverno, pode colidir com a gripe suína e recombinar-se em uma versão mais contagiosa ou mais perigosa.

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