08 de fevereiro de 2020 | 16h56
RIO - Uma brasileira de 39 anos foi detida nesta sexta-feira, 7, em flagrante no Rio de Janeiro após simular estar com coronavírus para receber atendimento prioritário em uma Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) em Copacabana.
Segundo a polícia, Claudete Maria Rosa da Silva procurou a unidade médica dizendo que sofria os sintomas do novo coronavírus. Ela teria afirmado que havia retornado de Hong Kong, onde trabalhara como babá.
Cientistas identificam relação entre coronavírus e um dos animais mais traficados da Ásia
A equipe médica entrou em alerta, mobilizou diversos profissionais de saúde durante várias horas para atendê-la e acionou o Ministério da Saúde, conforme prevê o protocolo estabelecido pelas autoridades sanitárias para tentar conter o vírus. A paciente foi isolada e submetida a uma bateria de exames.
Familiares de Claudete revelaram aos médicos que a atendiam que ela nunca saiu do Brasil nem tem passaporte, e a polícia a deteve sob acusação de falsidade ideológica e por provocar alarme para perigo inexistente. Após a descoberta, de acordo com a polícia, ela admitiu que mentiu sobre a viagem para ter prioridade no atendimento.
No Brasil não há nenhum caso confirmado de coronavírus – todos os suspeitos foram descartadas pelo Ministério da Saúde.
O coronavírus infectou mais de 34.500 pessoas e matou 722 pacientes na China continental. Nenhum caso foi confirmado na América Latina. Cerca de trinta brasileiros que estavam em Wuhan - o centro da epidemia - deixaram a China na sexta-feira e devem chegar a Anápolis, a 80 km de Brasília, amanhã de manhã, onde permanecerão isolados por 18 dias em uma base militar. / AFP e Agência Brasil
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.