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Brasileiro é o primeiro cidadão em Israel a tomar o medicamento da Pfizer contra a covid-19

Simcha Neumark, de 33 anos, vive em Jerusalém desde 2013 e recebeu medicamento Paxlovid após testar positivo para a doença. Menos de um dia depois, sintomas diminuíram

Por Ana Paula Niederauer
Atualização:

Após ser diagnosticado com covid-19, o economista brasileiro Simcha Neumark, de 33 anos, foi o primeiro cidadão em Israel a tomar o medicamento Paxlovid, da Pfizer, contra o coronavírus. "Na sexta-feira, 31, estava com febre alta, dor de garganta e enxaqueca e fui fazer o exame. Quatro horas depois do teste foi detectado positivo para covid-19 e imediatamente, de acordo com a lei governamental do país, entrei em quarentena", disse Neumark.

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Morador de Jerusalém desde 2013, Neumark já tomou cinco doses da Pfizer contra covid no país. Ele conta que é portador da Doença de Crohn, síndrome autoimune que afeta o trato gastrointestinal, e que por isso foi escolhido pelo governo em Jerusalém para tomar a medicação Paxlovid. "Algumas horas depois do resultado do exame, um médico do sistema público de saúde, entrou em contato comigo via teleconsulta e me medicou. A medicação foi enviada para a minha residência e 17 horas depois de ter tomado o remédio já estava quase sem sintomas" explicou Neumark.

Segundo Neumark, os efeitos colaterais do remédio são leves em relação aos sintomas da variante Ômicron. "Me dá um cansaço grande e o gosto do remédio me dá um pouco de enjoo. Eu não perdi o paladar com a Ômicron, por isso sinto o gosto da medicação, que de fato é muito ruim, mas eu só tenho agradecer pelo remédio que Deus mandou", disse Neumark.

Simcha Neumark, brasileiro de 33 anos, vive em Jerusalém desde 2013. Elerecebeu medicamento Paxlovid, da Pfizer, após testar positivo para covid-19 Foto: Arquivo pessoal

Desde a semana passada, o governo de Israel começou a aplicar a quarta dose da vacina contra a covid-19 em pessoas imunodeprimidas. A decisão foi tomada para amenizar o impacto de uma nova onda de infecções provocadas pela variante Ômicron.

Nesta quarta-feira,5, o governo israelense anunciou que os testes de PCR serão reservados para idosos com 60 anos ou mais e para pessoas com sistema imunológico debilitado. Permitiu também a vacinados contra covid-19 o uso de kits caseiros para determinar inicialmente o isolamento após exposição a portadores do vírus.

Israel tem cerca de 1,4 milhão de infecções desde o início da pandemia e mais de 8.000 mortes. Segundo o Ministério da Saúde do país, 60% da sua população de 9,4 milhões está totalmente vacinada contra a doença./ COM REUTERS

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