Nicola Wilding, a britânica que quer implantar um membro biônico no lugar de seu braço direito, vai passar por exames em setembro para que seja verificada a viabilidade da operação.
Os testes serão conduzidos pelo austríaco Oskar Aszmann, que deve transplantar músculos no antebraço de Nicola para estimular sinais nervosos no membro e verificar se é possível mover a prótese por meio desses impulsos.
Nicola, que pedeu o movimento do braço direito em um acidente de carro há 12 anos, encontrou Aszmann no início do ano para saber mais sobre a operação. Ela esteve em Viena diversas vezes para teste iniciais, mas agora está pronta para dar o próximo passo do processo.
"Havia alguns picos de atividade nervosa nos primeiros testes, e Oskar disse que é o que normalmente pacientes como eu apresentam, o que é positivo", disse ela sobre a bateria inicial de exames. "Discutimos os próximos passos, que envolve meu retorno a Viena em setembro para que ele examine os nervos do braço. Se forem nersos sensoriais, é o fim. Se forem nervos motores, ele vai reforçá-los com músculo para que eu fortaleça o braço e possa receber a prótese", disse a britânica.
Nicola decidiu trocar o braço pela prótese depois de ver um programa com Azsmann na televisão no ano passado. Desde então, ela começou a competir em provas de triatlo para levantar as verbas necessárias para a operação, para a prótese e para o tratamento.
Aszmann disse que Nicola tem alguns fracos sinais nervosos em seu braço, mas reitera que são necessários impulsos mais fortes para que a protese de fato funcione. "Quando bato na mão dela, ele sente algo, mas é preciso operar o braço para saber se há fibras motoras que possam enviar esses sinais ao membro biônico", completa.
Os sinais são a chave para que o processo - que envolve a amputação do braço de Nicola e o implante do membro biônico - tenha sucesso. Aszmann já realizou duas operações do tipo, e uma terceira está agendada para esta semana. Os dois pacientes anteriores conseguem usar as próteses normalmente.