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Busca por vacina se volta para pacientes 'imunes' à Aids

Por TAN EE LYN
Atualização:

Pesquisadores da Aids desejam ampliar mundialmente o estudo sobre um raro grupo de pessoas que, embora contaminadas pelo HIV, não têm uma proliferação do vírus nos seus organismos. Esses "controladores de elite" podem conter pistas importantes para a vacina contra a Aids, mas até agora os estudos sobre eles se concentram na América do Norte. Os pesquisadores desejam acompanhar essas pessoas também na Ásia, na África e na América Latina. Os chamados "controladores de elite" são pacientes saudáveis, sem sintomas da Aids e de doenças associadas, e às vezes conseguem ficar até dez anos sem necessidade de tratamento. "A esperança é que, se soubermos o mecanismo protetor imunológico nos controladores de elite, podemos usar isso como alvo para o desenvolvimento de uma vacina", disse Yu Xu, professor-assistente de Medicina do Hospital Geral de Massachusetts e da Escola Médica de Harvard, à Reuters depois de um pronunciamento numa conferência sobre a vacina anti-Aids em Paris. Há atualmente 2.000 pacientes "controladores" tendo suas amostras de sangue e outros dados monitorados, a maioria nos EUA e Canadá. Os cientistas agora pretendem começar a estudar também pacientes "privilegiados" da China, África do Sul, Peru, Tailândia, Brasil e outros países. Nessa conferência, os pesquisadores detalharam uma pesquisa da Tailândia que aparentemente chegou a uma vacina que protege algumas pessoas - embora os cientistas não entendam como ou por quê. Os delegados esperam juntar peças que levem a uma ideia mais clara de como preparar uma vacina eficaz no controle da infecção. Estima-se que 33 milhões de pessoas estejam contaminadas pelo HIV no mundo. A Aids não tem cura. Mas há medicamentos que controlam o vírus, e é muito raro que as pessoas apresentem defesas naturais.

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