A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou, neste sábado, 14, o pacote de medidas que pretende combater a pandemia do novo coronavírus no País e ajudar os americanos afetados pela doença. A medida foi aprovada por 363 votos a 40 e deve ser apreciada pelo Senado.
"Estamos orgulhosos de ter chegado a um acordo com o governo para resolver grandes desafios", escreveu a presidente da Câmara, Nancy Pelosi, ao seu grupo parlamentar.
Segundo Pelosi, o texto inclui "triagem gratuita para quem precisa se submeter a um teste, incluindo aqueles sem seguro", bem como licença médica "urgente" com "duas semanas de licença e até três meses por razões familiares ou médicas".
Os Estados Unidos não possuem um sistema universal de cobertura de saúde e milhões de americanos não têm seguro. Muito poucos funcionários têm acesso a licença médica paga. Esse contexto torna o país mais vulnerável à epidemia porque muitas pessoas não conseguem parar de trabalhar para ficar em casa.
O texto aprovado pela Câmara também facilita o acesso ao seguro-desemprego e vale-refeição, principalmente para crianças que não podem ir à escola para impedir a propagação. Além disso, prevê fundos federais para financiar o programa "Medicaid", que cobre as despesas de saúde da população mais pobre.
Após a votação da Câmara dos Deputados, para entrar em vigor, o texto deverá ser aprovado pelo Senado, que deverá se reunir após a segunda-feira, 16, e depois será assinado por Donald Trump.
Estado de emergência
O presidente Donald Trump twittou seu apoio ao projeto antes da votação e convocou republicanos e democratas a apoiá-lo. O pacote, elaborado em conjunto pelo Legislativo com o governo do presidente americano, foi aprovado após Trump declarar estado de emergência nacional pela crise do coronavírus.
"Este projeto de lei seguirá minha orientação para testes gratuitos de coronavírus e licença médica paga para os trabalhadores afetados", twittou Trump.
O presidente acrescentou que ordenou aos secretários do Tesouro e do Trabalho que emitissem regulamentos para garantir que as pequenas empresas não sejam atingidas pelas medidas.
Além disso, ele prometeu sempre colocar "a saúde e o bem-estar das famílias americanas em primeiro lugar", acrescentando que espera assinar a lei "o mais rápido possível". / AFP