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Campanha contra a gripe ajuda a controlar pandemia

Imunizante reduz sintomas gripais que se confundem bastante com os do Sars-Cov-2

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Por Redação
Atualização:
3 min de leitura
Getty images 

Apesar dos esforços, a pandemia do coronavírus continuará se impondo nos próximos meses, incluindo o período mais frio e seco de outono-inverno. A época coincide com a de maior risco para contaminação por outro vírus que ataca o sistema respiratório: o da influenza, por trás da gripe.

Pelo segundo ano consecutivo, o Brasil assiste ao aumento de casos de duas doenças respiratórias. Pelo menos para a gripe, a imunização já está estruturada e acessível para todas as faixas etárias.

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A vacina contra o vírus da influenza faz parte da política pública de saúde do Brasil há mais de 20 anos, e já serve como peça-chave para controle da circulação do vírus e redução da gravidade. “A vacina impede a multiplicação do vírus no corpo, ajudando a conter a gravidade dos sintomas e na não transmissão nos casos em que se consegue imunizar mais de 60% da população”, explica Rodrigo Araújo, pesquisador virologista do Laboratório do Vírus do Instituto de Ciências Biológicas da UFMG.

Além disso, o imunizante ajuda a reduzir os danos da pandemia do coronavírus sobre o sistema de saúde. “A vacina contra a gripe diminui o quadro sintomático respiratório e a ida aos hospitais, liberando as unidades de saúde para atender a demanda de covid”, explica Alberto Chebabo, gerente de Relacionamento Médico da Dasa e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI).

Para os profissionais de saúde, menos demanda por leitos hospitalares, equipamentos e insumos é uma forma de controlar a pandemia. Para os pacientes, proteção do sistema respiratório pela vacina da gripe reduz o risco de precisar de um hospital ou oxigênio e não ter nenhum dos dois disponíveis.

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A vacina contribui também para o diagnóstico de covid-19 na medida em que reduz o “fator confundidor” entre as duas doenças, adiciona Chebabo. Como os sintomas iniciais provocados pelo coronavírus se assemelham aos da gripe, as doenças podem ser confundidas. Já nos casos em que o paciente foi imunizado contra gripe e ainda assim apresenta sintomas gripais, fica mais fácil direcionar o diagnóstico, encaminhá-lo para a testagem do coronavírus e definir a conduta clínica.

Apesar das semelhanças dos sintomas entre gripe e a fase inicial ou quadros leves da covid-19, os vírus são diferentes. E as vacinas também. Um imunizante não substitui o outro, e estar vacinado contra a gripe, causada pelo vírus influenza, não impede a contaminação pelo Sars-CoV-2.

Influenza X coronavírus

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A vacina contra a gripe é desenvolvida para imunizar o corpo contra três ou quatro tipos do vírus influenza, que ataca as vias respiratórias. Já o imunizante contra a covid-19 prepara o corpo para reagir ao Sars-CoV-2, que tem predileção pelas vias respiratórias, mas atinge também os sistemas hepático, cardíaco e nervoso.

“O novo coronavírus causa doenças muito mais graves, com letalidade e disseminação maiores”, lembra Chebabo, que também é infectologista do Serviço de Doenças Infecciosas e Parasitárias do HUCFF/UFRJ.

Intervalo entre vacinas

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A campanha pela vacinação contra a gripe começou em abril, enquanto se avança a imunização anticovid no País. Para quem já está sendo vacinado contra o coronavírus, é fundamental fazer um intervalo de 14 dias entre esse imunizante e o da gripe.

“Não existem ainda estudos de combinação da vacina da covid com outras vacinas. Por isso, neste momento, até que haja dados de segurança, a recomendação é manter o intervalo de 14 dias entre a vacina da covid e qualquer outra vacina, inclusive a de influenza”, explica Chebabo.

O médico lembra que é importante se vacinar nesta temporada porque a eficácia da vacina é maior nos primeiros meses de aplicação, justamente no período de outono-inverno, que vai até setembro no hemisfério sul.  É esta a época mais propensa para a contaminação, e estar imunizado nestes meses é fator protetivo.

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