15 de agosto de 2019 | 15h19
SÃO PAULO - A campanha de vacinação contra o sarampo, doença altamente contagiosa e que pode levar à morte, será encerrada nesta sexta-feira, 16, em São Paulo. O foco da mobilização é nos jovens de 15 a 29 anos, mas há 50 cidades no Estado que estão vacinando bebês de 6 meses a menos de 1 ano. Neste ano, já foram registrados 1.319 casos da doença em São Paulo, segundo o último balanço da Secretaria de Estado da Saúde.
Desde o último dia 6, o Ministério da Saúde recomenda que bebês que vão viajar para municípios com surto de sarampo sejam vacinados 15 dias antes do deslocamento. No dia 9, a vacinação foi ampliada para esse público em 39 cidades do Estado de São Paulo. Agora, 50 municípios têm a recomendação.
A dose que será aplicada nesse público é chamada de "dose zero" e não substitui as doses que devem ser dadas aos 12 meses da tríplice viral e aos 15 meses da tetraviral, que integram o Programa Nacional de Imunizações (PNI).
A capital, que concentra 997 casos e tem o maior número de registros do Estado, está vacinando os bebês desde 25 de julho, após casos da doença terem sido confirmados em menores de 1 ano. A vacinação também será realizada em creches públicas e privadas.
A campanha que se encerra nesta sexta tem a meta de imunizar 4,4 milhões de jovens de 15 municípios da Grande São Paulo. Entre 10 de junho e 8 de agosto, 1,2 milhão de pessoas de 15 a 29 anos foram vacinadas.
Em 2016, o Brasil recebeu o Certificado de Eliminação do Sarampo, emitido pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), mas perdeu o certificado em fevereiro deste ano, após surtos da doença, principalmente na Região Norte, a partir de dezembro de 2017.
O sarampo pode ser evitado com a vacina tríplice viral, que protege contra sarampo, rubéola e caxumba. Ela integra o PNI e é aplicada aos 12 meses, com reforço aos 15 meses com a tetraviral (sarampo, rubéola, caxumba e varicela). Até os 29 anos, a recomendação é tomar duas doses do imunizante. Entre 30 e 59 anos, a pessoa deve ser vacinada uma vez. Para quem não sabe se já tomou o número adequado de doses, a orientação é se imunizar.
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