Em Campinas, começou a ser montado nesta segunda-feira, 20, um hospital de campanha exclusivo para o atendimento de casos do coronavírus, que terá capacidade para 114 leitos. Com previsão de entrega em um mês, a unidade será vinculada ao Hospital Municipal Mário Gatti e servirá como retaguarda para casos menos graves de pacientes com a covid-19.
Maior cidade do interior paulista, Campinas tem 199 casos confirmados da covid-19 e dez mortos, até essa quarta-feira, 22. Há ainda outros 512 casos suspeitos. A prefeitura local prorrogou nesta quarta até o dia 10 as regras de isolamento, após decisão do governo do Estado.
Montado em um ginásio cedido à prefeitura, próximo do Hospital Mário Gatti, a previsão é que em um mês ele comece a funcionar, com 36 leitos. Os demais serão ativados em três etapas: primeiro 18, depois mais 30 e os 30 restantes. A unidade receberá apenas pacientes encaminhados pela central de regulação e servirá de porta de entrada para as unidades da rede Mário Gatti.
O hospital de campanha é construído pela ONG Expedicionários da Saúde (EDS), que faz atendimento voluntário a povos indígenas isolados. Presidida pelo médico Ricardo Affonso Ferreira, a ONG fechou parceria com a prefeitura de Campinas, que fará a gestão da unidade e buscará recursos estaduais e federais para custeio. Com recursos, bens e serviços doados por um grupo de empresários e parceiros, a ONG transferiu de Manaus para Campinas o centro cirúrgico móvel usado nos atendimentos aos povos indígenas isolados, que começaria a atender os índicos munduruku, na cidade de Jacareacanga (PA), em maio.