A Secretaria de Saúde de Campinas, a 95 quilômetros de São Paulo, registrou na quinta-feira o primeiro caso confirmado de gripe suína, provocada pelo vírus Influenza A (H1N1), na região. Segundo informações da secretaria e do Hospital de Clínicas (HC) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), um homem de 29 anos, morador de Vinhedo, foi internado na terça-feira, 26, e permanece em área isolada.
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O paciente esteve nos Estados Unidos e desembarcou há aproximadamente uma semana. O HC da Unicamp informou, por meio de assessoria, que o homem está bem e recebe tratamento específico. Segundo informou o secretário de Saúde de Campinas, José Francisco Kerr Saraiva, parentes e pessoas que estiveram com o paciente deverão ficar em quarentena. O HC da Unicamp já tinha recebido oito casos suspeitos, descartados posteriormente.
A secretaria enviou uma notificação para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a fim de informar os passageiros que estiveram no mesmo voo do paciente contaminado pelo vírus. "Isso já era esperado. Campinas tem um elevado fluxo de pessoas que vão ao exterior e vêm de lá, por ser um parque industrial, tecnológico e universitário.
O caso é emblemático, pois aponta que estamos no caminho certo, já que o paciente tinha informações, recebeu atenção e os serviços médicos suspeitaram se tratar do vírus, e não apenas liberaram o rapaz, alegando serem sintomas de gripe", afirmou Saraiva.
O secretário disse ser provável o surgimento de novos casos. "Estamos preparados. Vamos manter a linha de atenção e suspeição", afirmou Saraiva.
A enfermeira-responsável pela Vigilância Epidemiológica de Vinhedo, Maria das Graças Araújo, informou que a cidade reforçou as ações preventivas contra a gripe suína no município de 56 mil habitantes, a 79 quilômetros da capital paulista.
A partir de segunda-feira, representantes do setor vão distribuir banners e cartazes para pedir a colaboração da população em procurar os profissionais da saúde caso tenham os sintomas da gripe e tenham estado em área afetada ou em contato com casos suspeitos.
Distribuição de máscaras para casos suspeitos e funcionários do setor, e áreas e condução especiais para pessoas que precisem ficar em observação também serão disponibilizadas pelo poder público. Vinhedo tem cerca de 300 profissionais na área de saúde.