Capital paulista registra mais três mortes por dengue

Vítimas são um homem de 68 anos e duas mulheres, de 34 e 69; já são quatro óbitos pela doença na cidade desde janeiro

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Por Fabiana Cambricoli
Atualização:

Atualizada às 21h06

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SÃO PAULO - Mais três pessoas morreram por complicações da dengue na cidade de São Paulo, de acordo com o balanço divulgado nesta quinta-feira, 8, pela Secretaria Municipal da Saúde. Até então, a capital paulista havia registrado apenas uma morte, de um garoto de 6 anos, no dia 2 de abril. Os quatro óbitos já representam o dobro do número de mortes por dengue registradas na cidade em todo o ano passado.

Segundo a secretaria, as mortes aconteceram em abril, mas só foram divulgadas nesta quinta porque a Coordenação de Vigilância em Saúde (Covisa) teve de investigar todas as ocorrências, para confirmar se a dengue havia sido a causa.

O primeiro óbito aconteceu no dia 11 de abril, em um hospital da rede particular. A vítima foi o idoso M.W.G., de 68 anos, morador do Tremembé, na zona norte da cidade. Dois dias depois, morreram uma mulher de 34 anos e outra de 69. A primeira também morava no Tremembé e foi atendida na rede municipal. A outra era moradora do Jaguaré e recebeu atendimento na rede pública de Osasco, município vizinho. Não foram divulgados detalhes sobre o atendimento prestado em cada caso nem o nome das vítimas.

Primeira vítima da dengue na capital neste ano, o menino Israel Barbosa, de 6 anos, também era morador do Jaguaré e passou duas vezes pela AMA do bairro, antes de ter o diagnóstico correto de dengue. A mãe do menino ouviu de dois médicos que se tratava de virose. A Prefeitura apura o caso.

Avaliação por bairros. Tanto o Jaguaré quanto o Tremembé, onde as mortes foram registradas, têm incidência de dengue acima do normal. Conforme o balanço divulgado ontem pela Prefeitura, o Jaguaré já soma 733 casos desde janeiro. A incidência da doença no bairro chega a 1.470 casos por 100 mil habitantes. Acima de 300, a ocorrência já é considerada alta. No Tremembé, já foram 323 pessoas infectadas, com incidência de 163,7 casos por 100 mil habitantes, valor considerado médio pela classificação do Ministério da Saúde.

Em toda a capital, já são 4.514 casos de dengue registrados entre os dias 1.º de janeiro e 7 de maio. No último balanço, divulgado em 30 de abril, eram 3.730. De acordo com a secretaria, a diferença entre os dois números não representa, necessariamente, casos novos registrados apenas na última semana.

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A maioria, diz a pasta, é de casos notificados em outras semanas do ano, mas que só foram confirmados agora. De acordo com a secretaria, o porcentual de aumento de casos de dengue na cidade está estável em cerca de 20% nas últimas três semanas.

Tradicionalmente, o pico da doença acontece em meados do mês de abril. A tendência agora é que o número de casos registrados diminua a cada semana, segundo a Prefeitura.

Bairros. Com os novos casos confirmados ontem, porém, três bairros entraram na lista de distritos com incidência da doença acima do normal: Jaguara (zona norte), Vila Jacuí (zona leste) e Vila Leopoldina (zona oeste). Todos registram mais de 100 casos por 100 mil habitantes, índice de incidência média. Ao todo, a cidade já tem oito bairros nessa condição. Além dos três que entraram na lista agora, vivem situação preocupante Jaguaré, Lapa, Rio Pequeno (todas na zona oeste), Carrão (zona leste) e Tremembé (zona norte).

Em toda a cidade, a incidência da doença é de 40,1 casos por 100 mil habitantes, ainda considerada baixa, mas superior à registrada no ano passado, quando a taxa foi de 23,3.

A Prefeitura afirma que, desde o início do ano, já visitou mais de 443 mil imóveis na capital. Cerca de 28 mil deles passaram por nebulização para eliminação do Aedes aegypti.

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