Capital pode instalar tendas contra a dengue e usar Exército em 2016

Na cidade de São Paulo, o número de casos da doença mais que triplicou neste ano em relação ao ano passado; 22 morreram

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Por Paula Felix
Atualização:

Corrigida às 14h44

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SÃO PAULO - A Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo diz que, desde setembro, técnicos se reúnem a cada 15 dias para discutir ações de combate à dengue. Na capital, o número de casos da doença mais que triplicou neste ano em relação ao ano passado: foram 99 mil casos confirmados até a primeira semana de setembro, ante 29 mil em todo o ano de 2014. Houve 22 mortes - em todo o ano de 2014, foram 23.

A pasta diz que está finalizando o Plano Municipal de Combate ao Aedes aegypti 2016, mas não informou a data de divulgação das ações contidas nele. Segundo a secretaria, a instalação de tendas para atendimento de pacientes com a doença não está descartada. “A secretaria prevê, se necessário, implementação de tendas, como já feito neste ano, além de nova capacitação com as unidades públicas e privadas sobre o protocolo de atendimento e identificação dos casos suspeitos da doença para reduzir o agravamento e os óbitos”, disse em nota oficial.

Neste ano, foram instaladas nove tendas na cidade nas zonas norte, sul, leste e oeste. A região norte, que concentrou o maior número de casos, recebeu três estruturas.

Outra ação que aconteceu neste ano e também pode fazer parte das medidas do próximo verão é a participação do Exército. A pasta prevê ainda a realização de campanhas educativas em escolas e centros culturais e esportivos. “Também serão feitas reuniões nas comunidades.”

Equipes estão visitando locais considerados propícios para a proliferação das larvas do mosquito, como borracharias, cemitérios, estações rodoviárias, transportadoras e oficinas de funilaria. A pasta informou ainda que conta com 7 mil agentes comunitários de saúde e 2.500 agentes de zoonoses para a realização do serviço ao longo do ano.

Lei. Neste mês, o prefeito Fernando Haddad (PT) sancionou lei que permite a agentes sanitários entrarem à força em imóveis particulares para a realização de ações de combate à dengue e à chikungunya. A medida vale para registros de recusa ou ausência de moradores.

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