Carga com 726 mil testes para coronavírus chega a São Paulo

Encomenda é do Instituto Butantan, que ainda aguarda outros 500 mil testes para reduzir demanda reprimida de confirmações de casos de covid-19

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Por Bruno Ribeiro
Atualização:

SÃO PAULO - Uma carga com 7.260 kits para testes do novo coronavírus (726 mil exames), encomendada pelo Instituto Butantan, aterrissou em São Paulo na madrugada desta terça-feira, 14, e será usada para reduzir a fila de exames para detecção de covid-19 no Estado. O avião que trouxe a carga pousou no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas, a 97 quilômetros da capital. O material foi levado na manhã desta terça para um depósito em Guarulhos, na Grande São Paulo. 

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Segundo o Butantan, há outra carga, com mais 500 mil testes, que deve chegar até o fim do mês ao Estado. A expectativa é que, ao todo, 1,3 milhão de exames chegue a São Paulo para reduzir a subnotificação de casos de covid-19 no epicentro da doença no País.

De acordo com o governo do Estado, atualmente há um processamento de 2 mil testes por dia. Com a chegada dessa carga, até o dia 24 de abril, serão processados 5 mil teste por dia. E a partir de 18 de maio, esse volume deve chegar a 8 mil teste por dia. O investimento do governo do Estado neste lote que chegou nesta terça-feira foi de R$ 85 milhões. Participam do processamento dos testes 34 laboratórios públicos e particulares e outros dez serão habilitados. 

De acordo com o presidente do Instituto Butantan, Dimas Tadeu Covas, a fila de testes no Estado que aguardam resultados era de 15.600 nesta segunda-feira. Deste total, segundo ele, 12 mil já foram distribuídos para a rede. "Já temos um caminho para zerar a fila até o final desta semana", afirmou. 

Os testes prioritários, de acordo com Covas, são para óbitos, pacientes internados em estado grave e profissionais de saúde.   

Laboratorista mostra kit de teste para o coronavírus na Europa Foto: Robin Van Lonkhuijsen/ EFE

O teste é do tipo RT-PCR (Transcrição Reversa Seguida de Reação em Cadeia da Polimerase, na sigla em inglês), que confirma se o RNA presente na amostra é o do coronavírus. A carga veio da Ásia em uma viagem de dois dias, que fez escala na Alemanha antes de aterrissar em São Paulo, de acordo com o aeroporto.

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