04 de outubro de 2014 | 17h49
ESTADOS UNIDOS - O primeiro caso de Ebola diagnosticado em solo americano revelou uma série de deficiências das autoridades sanitárias dos EUA para enfrentarem a situação. O primeiro tropeço ocorreu no atendimento de emergência do Hospital Presbiteriano de Dallas, onde Thomas Duncan esteve no dia 25. O paciente foi mandado para casa apesar de ter informado que havia chegado da Libéria poucos dias antes.
As quatro pessoas que estavam no apartamento em que Duncan se hospedou foram as outras vítimas do pouco preparado das autoridades para enfrentar um vírus que até então só havia chegado ao país de maneira controlada, com a transferência de alguns americanos que contraíram e manifestaram sintomas da doença na África.
Durante quase uma semana, os quatro permaneceram em quarentena no apartamento onde Duncan se hospedou, sem que o lugar fosse desinfetado por equipes especializadas. Em entrevista coletiva na semana passada, uma autoridade sanitária do Texas disse que havia "hesitação" de funcionários em aceitar a tarefa de limpar o apartamento da contaminação. Isso só ocorreu na sexta-feira, quando as quatro pessoas foram transferidas para outro local.
O material retirado da residência foi colocado em tambores selados, mas passaram a noite em caminhões dentro do condomínio porque havia divergências sobre qual agência governamental tinha atribuição para se desfazer dos itens contaminados.
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