Casos de KPC estão dentro da média de infecção hospitalar, diz Anvisa

Nos últimos meses, não houve alteração na taxa de 14% de contaminação, segundo diretor

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Por Redação
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BRASÍLIA - O diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Dirceu Barbano, disse nesta sexta-feira, 22, que os casos de contaminação pela superbactéria KPC não são excepcionais em relação aos casos de infecção hospitalar registrados no Brasil. “Não houve alteração nos últimos meses na taxa média de 14% de infecção por causa da KPC”, afirmou Barbano. Técnicos da Anvisa se reuniram nesta sexta com especialistas em infectologia e microbiologia para discutir a KPC. De acordo com Barbano, os especialistas concluíram que não existem mais casos de KPC em comparação a outros micro-organismos presentes nos hospitais, e que a mortalidade pela superbactéria não é superior à média de mortes causadas por outros tipos de infecção hospitalar. O grupo disse ainda que não é necessária a adoção de medidas específicas para o controle da KPC, sendo eficazes as ações padrões para o combate a outras bactérias. O diretor destacou que a KPC atinge, principalmente, pacientes com saúde mais debilitada, como pessoas hospitalizadas em unidades de Terapia Intensiva (UTI). A carbapenemase é um tipo de enzima que provoca resistência de alguns micro-organismos aos antibióticos de uso habitual. Para conter novos casos, a Anvisa publicará nos próximos dias uma norma obrigando hospitais e clínicas públicos e particulares a instalar dispensers de álcool em gel em salas onde há atendimento. O objetivo é estimular a higienização das mãos entre os profissionais de saúde. A agência publicará também uma resolução que torna mais rígida a venda de antibióticos. Será preciso apresentar duas vias de receita médica para comprar o remédio - uma ficará retida na farmácia e a outra com o paciente. Atualmente, é necessária a prescrição médica para vender antibiótico, mas a maioria das farmácias não exige a apresentação do documento.

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