Ceará pede ajuda ao governo federal para combater zika vírus

Em ofício entregue ao ministro-chefe da Casa Civil, o governador pediu a 'valiosa colaboração' do governo para combater o mosquito

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Por Isadora Peron e Carla Araujo
Atualização:
O mosquito 'Aedes aegypti' é transmissor da zika, da dengue e da chikungunya Foto: USDA/Divulgação

BRASÍLIA - Depois de Pernambuco, foi a vez do Ceará pedir ajuda ao governo federal para combater o zika vírus, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti e responsável pelo surto de bebês com microcefalia.

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O governador do Estado, Camilo Santana, esteve nesta quarta-feira, 2, com o ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner. A reunião foi realizada no Palácio do Planalto.

No ofício entregue ao ministro, Camilo pede a "valiosa colaboração" do governo para combater o mosquito, que também é vetor da dengue e da chikingunya. O documento diz que o Estado também precisa de ajuda para prestar assistência adequada aos pacientes e, num segundo momento, dar apoio às famílias que receberam o diagnóstico dos bebês com microcefalia.

No sábado, com base no resultado de exames realizados em um bebê nascido no Ceará, o Ministério da Saúde confirmou a relação entre o zika vírus e o surto de microcefalia. A má-formação, considerada rara, teve um aumento súbito este ano. Até sexta-feira, foram notificados 1.248 casos da síndrome em todo o País - 25 deles no Ceará.

Na segunda, Pernambuco, que é o Estado com mais números de casos registrados de bebês com microcefalia, anunciou um investimento de R$ 25 milhões para combater a epidemia. Os recursos, porém, são estaduais e não do governo federal. De concreto, até agora, o Planalto ofereceu a ajuda do Exército para ações para evitar a proliferação do mosquito. 

Nesta terça, o ministro da Casa Civil classificou o Aedes aegypti como "o inimigo número 1 da saúde no País". Em sua conta no Twitter, Jaques afirmou que o governo estava preparado para enfrentar essa "questão de frente" e vai fazer de tudo para combater o avanço da epidemia.

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