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Celular afeta atividade cerebral; impacto para a saúde não está claro

Estudo determina que uma chamada de apenas 50 minutos é suficiente para mudar a atividade celular na parte do cérebro mais próxima da antena

Por Reuters
Atualização:

CHICAGO - Passar 50 minutos com um celular "grudado na orelha" já é o suficiente para mudar a atividade celular na parte do cérebro mais próxima da antena. No entanto, ainda não está claro se essas mudanças podem acarretar algum tipo de problema de saúde, afirmam os cientistas do Instituto Nacional de Saúde, acrescentando que o estudo provavelmente não irá revolver as preocupações recorrentes envolvendo celulares e câncer.

 

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"O que nós mostramos é que o metabolismo de glucose (um sinal de atividade cerebral) aumenta no cérebro das pessoas que são expostas ao celular na área mais próxima à antena", disse Nora Volkow, líder do estudo, que foi publicado no Jornal da Associação Médica Americana.

 

O estudo foi desenvolvido para examinar como o cérebro reage a campos eletromagnéticos provocados por sinais de telefone.

 

Volkow afirmou estar surpresa que a fraca radiação eletromagnética dos celulares possam afetar a atividade celular, mas ela disse que as descobertas não esclarecem ainda se os celulares podem provocar câncer. "Esse estudo não indica isso de nenhuma forma. O que nosso estudo faz é mostrar que o cérebro humano é sensível à radiação eletromagnética dos celulares."

 

Alguns estudos já ligaram o uso de celulares ao risco de câncer, no entanto um grande estudo da Organização Mundial de Saúde foi inconclusivo.

 

A pesquisa de Volkow avaliou o cérebro de 47 pessoas enquanto falavam ao celular por 50 minutos. A equipe também analisou um grupo controle que usou celulares desligados.

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