
05 de agosto de 2010 | 16h07
Células-tronco embrionárias humanas e células adultas reprogramadas para um estado semelhante ao de células tronco, chamas células de pluripotência induzida, ou iPS, têm muito poucas diferenças em sua expressão genética e são praticamente impossíveis de distinguir no estado de cromatina, dizem pesquisadores do Instituto Whitehead. O resultado aparece na revsita especializada Cell Stem Cell.
As células iPS são criadas a partir da introdução de três genes em células adultas. Esses fatores de reprogramação empurram as células maduras para um estado mais flexível, semelhante ao de células-tronco embrionárias. Em teoria, as iPS também devem ser capazes de dar origem a diversos tipos de tecido.
Além de contornar os questionamentos éticos que cercam o uso de células extraídas de embriões, iPS podem ser criadas a partir do corpo do próprio receptor de um eventual transplante, evitando o risco de rejeição.
Desde que as primeiras iPS surgiram em 2006, suas semelhanças e diferenças em relação às células embrionárias têm sido alvo de debate.
para avaliar a questão da equivalência, os pesquisadores Garrett Frampton e Matthew Guenther analisaram os padrões de expressão genética e a chamada estrutura de cromatina das células. Variações do DNA nessa estrutura podem afetar a expressão genética, mas Guenther e Frampton determinaram que as células-tronco embrionárias e iPS são praticamente idênticas nos dois critérios.
"Neste estágio, não temos como provar que sejam absolutamente idênticas", disse Richard Young, responsável pelo laboratório onde o estudo foi realizado. "Mas a tecnologia disponível não revela diferenças". Segundo ele, isso sugere que as células IPS poderão vir a ser úteis como células-tronco personalizadas no futuro.
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