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Centro do 'Big Bang' abre-se a países de outras regiões

Por ROBERT EVANS
Atualização:

O Cern, centro europeu de pesquisas voltado para o estudo das partículas, que atualmente conduz a maior experiência científica da humanidade, está aberto para que os países de todo o planeta, que tenham qualificação para tanto, tornem-se membros da instituição. Até agora, o centro criado há 56 anos perto de Genebra, entre a fronteira da França e da Suíça, dono de um orçamento anual de 10 bilhões de francos suíços (8,7 bilhões de dólares), havia aceito apenas Estados europeus como membros plenos, embora muitos outros participem de suas atividades. "Este é um salto gigantesco para a física das partículas que reconhece a globalização crescente da área", disse Michel Spiro, presidente do conselho normativo do Cern, que tomou a decisão no fim de semana. Rolf Heuer, diretor-geral do organismo cujos cientistas venceram uma série de prêmios Nobel e onde a World Wide Web (Internet) foi inventada em 1989, afirmou que a mudança reflete o interesse global na pesquisa sobre o nascimento do universo. A mudança não necessariamente significa mais dinheiro para o Cern, cujo orçamento é fixo por cinco anos e depois compartilhado entre seus membros, de acordo com o porta-voz James Gillies. Mas quer dizer que há uma potencial fonte de receita extra para a organização, que, segundo críticos, consome enormes fundos que poderiam ser utilizados para finalidades mais práticas. Os defensores, e os governos que aprovam o seu orçamento, afirmam que há muitas consequências benéficas à economia e para a saúde derivadas da atividade do centro. Fundado em 1954 por 12 países europeus com o objetivo de restaurar o papel do continente na pesquisa da área da física após a Segunda Guerra Mundial, o Cern (Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear) atualmente tem 20 membros.

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