Muitas crianças não consomem vitamina D suficiente, uma deficiência invisível que pode se mostrar depois como ossos quebrados ou sistema imunológico fraco, disseram pesquisadores na segunda-feira, 2. Duas a cada cinco crianças de idades entre 8 meses e 2 anos que participaram do estudo realizado entre 380 crianças do Hospital Infantil de Boston tinham baixos níveis de vitamina D no sangue. Os principais fatores de risco eram não beber leite fortificado suficiente, não tomar vitaminas e estar acima do peso, disse o relatório publicado no Archives of Pediatric and Adolescent Medicine. A pesquisadora chefe Catherine Gordon disse que os 40% de taxas de deficiência "foram mais altos do que o esperado em um país que tem leite fortificado com vitamina D." O estudo se soma a um crescente corpo de evidências de que a vitamina D, produzida pelo corpo quando o sol atinge a pele e usada para fortificar muitos alimentos, é importante para a prevenção de diversas doenças crônicas. Ela é chave para ossos fortes mas também já foi ligada a um menor risco de câncer e doenças arteriais. A falta de sintomas, pelo menos inicialmente, levou Gordon a chamar de "doença silenciosa". A alternativa ao exame de sangue para a descoberta da deficiência é rotineiramente dar vitaminas que possam ser consumidas de maneira fácil, na forma de gotas, ela disse. Crianças acima do peso foram vistas como predispostas à falta de vitamina D, talvez porque a vitamina se dissolva na gordura, disse Gordon. A diabete é uma das doenças ligadas à deficiência. Seus achados complementam pesquisas anteriores em que ela encontrou entre adolescentes, em 2004, uma percentagem similar de deficiência. Neste caso também eram vilões o consumo de refrigerantes e a falta de exposição ao sol. No entanto, a exposição ao sol não teve influência entre as crianças mais novas, talvez porque elas normalmente era cobertas contra a exposição pelos pais.