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Chefe de área responsável pelo Enem, general morre por complicações da covid-19

Pressão para adiar o exame nacional, previsto para começar no próximo domingo, tem crescido nos últimos dias

Por e Tania Monteiro
Atualização:

BRASÍLIA - Chefe da diretoria do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) e responsável pela elaboração do Enem, o general da reserva Carlos Roberto Pinto de Souza morreu nesta segunda-feira, 11, aos 59 anos, após complicações causadas pela covid-19. O general, que era diretor de Avaliação da Educação Básica do Inep, estava internado em Curitiba. Na função desde setembro de 2019, ele participou das discussões para a concepção do Enem Digital, que será experimentado pela primeira vez este ano.

General, que era diretor de Avaliação da Educação Básica do Inep, estava internado em Curitiba Foto: Leonardo Oliveira/Inep

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Sem mencionar a causa da morte, o Inep divulgou uma nota de pesar. A morte por consequêncis do novo coronavírus foi confirmada pelo Estadão com pessoas próximas ao militar.

"A presidência do Inep, em nome de todos os seus colaboradores, agradece o trabalho desempenhado com dedicação, entusiasmo, responsabilidade e senso ético pelo diretor Carlos Roberto. Seu nome estará registrado na história do Inep", diz trecho da nota.

A edição de 2020 do Enem foi adiada em razão da pandemia e as provas acabaram remarcadas para 17 e 24 de janeiro. Apesar da mudança na data, há discussões sobre a pertinência de se manter o exame, tanto por conta dos riscos de contaminação quanto pelo fato de alunos terem ficado sem aulas uma parte do ano.

O general é da turma de 1983 da Academia Militar das Agulhas Negras (Aman) e foi para a reserva em 2017. Como general, ele ocupou dois postos: o de comandante de Comunicações e Guerra Eletrônica do Exército, em Brasília, e o de chefe do Centro de Defesa Cibernética. 

Carlos Roberto também atuou como gerente do projeto do Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteira, o Sisfron. A escolha dele para o cargo no Inep chegou a ser criticada, em 2019, por conta da falta de experiência com os temas da alçada da diretoria.

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