A China entrou em alerta nesta quarta-feira, 7, depois que uma mulher morreu de gripe aviária - a primeira morte do tipo em quase um ano no país - e fechou os mercados de aves em uma província perto de Pequim, para desinfentá-los. A mulher de 19 anos de idade morreu contaminada pelo vírus H5N1 depois de matar nove patos - especialistas acham que o caso exemplifica os riscos oferecidos pelas aves aquáticas na transmissão do vírus para humanos. Em Yanjiao, na província de Hebei, onde a mulher comprou os patos, os mercados de aves foram fechados e as vendas de aves vivas, interrompidas, enquanto trabalhadores com máscaras e jalecos brancos espalhavam desinfetante pela área. A Organização Mundial de Saúde informou que a morte da mulher, a 21ª ocorrida na China, parece ser um caso isolado. "Nós nos preocupamos com qualquer caso de H5N1 em humanos. No entanto, este caso em particular parece ter ocorrido durante a matança e preparação das aves, então não muda nossa avaliação do risco", disse a OMS em um comunicado. "A OMS espera que o ministério continue atualizado sobre este caso, preparado para oferecer assistência técnica, caso necessário", acrescentou, referindo-se ao Ministério da Saúde. O vírus costuma ser mais ativo durante os meses mais frios, entre outubro e março, embora o novo caso chinês aponte para falhas na vigilância do vírus entre as aves. Mao Qunan, porta-voz do ministério da Saúde chinês, foi citado na mídia estatal. Ele teria dito que o governo vai aumentar o monitoramento. "Neste ano, precisamos, baseados no que fizemos no passado, aumentar o monitoramento da transmissão do vírus da gripe aviária para humanos", disse. Em Pequim, os funcionários se espalharam para inspecionar os mercados de aves e matadouros depois que o alerta foi lançado, segundo a agência de notícias oficial Xinhua. A última morte pelo vírus ocorrida na China aconteceu em fevereiro do ano passado, quando uma mulher de 44 anos morreu na província de Guangdong, O país tem a maior população de aves domésticas e centenas de milhões de fazendeiros criam aves em seus quintais. Por isso, o papel da China é crucial para conter o vírus. Desde que o H5N1 reapareceu na Ásia em 2003, 391 pessoas foram infectas, dentre as quais 247 morreram, de acordo com dados divulgados pela OMS em dezembro.