China lança segunda sonda para exploração lunar

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Por BEN BLANCHARD
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A China lançou sua segunda sonda para exploração lunar na sexta-feira, ressaltando os esforços do país para se impor como grande potência espacial que um dia será capaz de levar o homem até a Lua e talvez explorar além do satélite. A sonda lunar Chang'e-2 foi lançada de um lugar remoto da província de Sichuan, no sudoeste do país alguns segundos antes das 19h locais (8h no horário de Brasília), informou a mídia estatal, no mesmo dia em que o país comemora os 61 anos de criação da China comunista. "A Change-2 estabelece as bases para a aterrissagem na Lua e para a exploração mais ampla do espaço", disse o chefe da equipe que projetou a sonda, Wu Weiren, à agência de notícias Xinhua. "Ela viajará mais rápido e estará mais perto da Lua e captará imagens nítidas", acrescentou Wu. A televisão estatal adiou o início do seu principal jornal da noite para transmitir imagens ao vivo do lançamento, deixando em segundo plano a matéria sobre a presença dos principais líderes do país nas cerimônias do Dia Nacional, na Praça Tiananmen, no centro de Pequim. A Chang'e-2 deverá voar a até 15 quilômetros acima da Lua, testando as habilidades e a tecnologia destinadas a preparar o terreno para uma aterrissagem não tripulada que está planejada para ocorrer por volta de 2013. A sonda tirará fotos de alta resolução da Baía dos Arco-Íris, da Lua, onde os engenheiros planejam aterrissar a Chang'e-3, afirmou o China Daily. A China disputa com os vizinhos Japão e Índia por uma presença maior no espaço, mas seus planos enfrentam o escrutínio internacional. Os temores de uma corrida de armas espaciais com os EUA e as outras potências têm aumentado, desde que a China explodiu um de seus satélites meteorológicos com um míssil terrestre em janeiro de 2007. A China afirma que seus objetivos são puramente pacíficos. A Chang'e foi nomeada em homenagem a uma deusa chinesa que viajou para a Lua. Uma missão bem-sucedida da Chang'e seria um marco de um novo avanço nos planos da China de se estabelecer como uma potência espacial do mesmo calibre que os EUA e a Rússia.

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