A China liberou a exportação de 5,6 mil litros de insumos para a Coronavac, vacina contra a covid-19 desenvolvida pela farmacêutica Sinovac em parceira com o Instituto Butantan, de acordo com anúncio do governador de São Paulo, João Doria (PSDB). O volume é suficiente para a aplicação de 8,7 milhões de doses. O imunizante tem chegada prevista para até 10 de fevereiro.
Além disso, uma nova remessa de 5,4 mil litros de IFA (Insumo Farmacêutico Ativo) da Sinovac deve chegar na noite de quarta-feira no Aeroporto de Viracopos, em Campinas, segundo Dimas Covas, diretor do Butantan. O material permite a produção de 8,6 milhões de doses da Coronavac.
De acordo com o diretor do Butantan, as doses serão entregues entre 25 de fevereiro e a primeira quinzena de março. A expectativa é entregar até 600 mil vacinas por dia. Em janeiro, o Brasil chegou a enfrentar dificuldades e atrasos para a liberação de insumos tanto da Coronavac quanto da vacina criada pela Universidade de Oxford com a AstraZeneca.
Ao todo, com os contratos já firmados, o Butantan espera receber o equivalente a 17,3 milhões de doses em insumos nestas duas semanas. "Temos um outro pedido em andamento, de 8 mil litros de matéria-prima adicionais. Então, a produção com esse quantitivo de matéria-prima prosseguirá até a integralização dos 46 milhões (do acordo firmado com o Ministério da Saúde)", destacou.
"Na sequência, vamos tratar dos 54 milhões, que deveremos ter já um cronograma nessa semana, assim que consigamos assinar o contrato com o Ministério da Saúde", destacou Dimas Covas. Segundo ele, as informações solicitadas pelo governo federal para o novo contrato foram enviadas na manhã desta segunda-feira. "A nossa programação é que possamos entregar essas doses até julho ou começo de agosto."
Na sexta-feira, 29, São Paulo entregou um lote com 1,8 milhão de doses ao governo federal, completando um total de 8,7 milhões de vacinas. Até as 12h25 desta segunda, o Estado tinha 417.494 pessoas vacinadas com a primeira dose da vacina contra a covid-19.