
15 de setembro de 2015 | 10h10
PEQUIM - As autoridades da área de saúde do sul da China começaram a usar drones e mosquitos macho modificados em laboratório capazes de esterilizar as fêmeas para combater a dengue, informou nesta terça-feira, 15, o jornal oficial China Daily.
As medidas serão adotadas no verão na província de Cantão, onde no ano passado houve mais de 43 mil casos desta doença - 10 vezes do mais que em 2013 -, que resultaram em seis mortes.
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Os drones, nove no total, sobrevoam zonas da província e tiram fotografias em telhados e terraços das casas, já que em algumas ocasiões a água parada na parte superior dos edifícios se transforma no principal caldo de cultivo de mosquitos portadores do dengue.
Os mosquitos usados nos programas de prevenção estão infectados com uma bactéria chamada Wolbachia, que provoca a esterilização das fêmeas com as quais os machos se acasalam. Elas ainda serão capazes de pôr ovos, mas deles não sairão novos insetos.
Criados em um centro de pesquisa de Cantão desde julho, os mosquitos estão sendo testados por enquanto em uma ilha da região, na qual são libertados aproximadamente meio milhão deles a cada semana.
No ano passado, o sul da China viveu um forte aumento de casos de dengue. Segundo os especialistas, a epidemia se originou no Sudeste Asiático, onde a doença é frequente.
Neste verão, os casos se reduziram, embora a vizinha Taiwan esteja vivendo uma epidemia sem precedentes, com cerca de 10 mil casos que as autoridades temem que se multipliquem até os 30 mil nas próximas semanas. /EFE
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