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Cidade de São Paulo registra apenas uma morte por covid-19 em 24 horas

Secretaria Municipal de Saúde considera o número como simbólico e especialistas apontam que a maior responsável pelo controle da pandemia é a vacina

Por Luiz Henrique Gomes
Atualização:

A cidade de São Paulo registrou nesta quinta-feira, 4, apenas uma morte por covid-19 nas últimas 24 horas. “É um fato fantástico que mostra o controle da pandemia e a eficácia da vacina”, declarou o secretário municipal de Saúde, Edson Aparecido, ao Estadão.

Os dados podem ser revistos, já que alguns óbitos levam mais tempo para serem confirmados, mas a Secretaria Municipal de Saúde considera o número como simbólico. Em março deste ano, no pior momento da pandemia, a cidade chegou a registrar 387 óbitos em 24 horas, recorde desde o início da pandemia. “Chegamos a ter a média móvel de 247 óbitos e uma ocupação de 95% dos leitos”, relembra Aparecido.

Filomena Benedito recebe a vacina contra a covid-19 na UBS Butantã Foto: Tiago Queiroz/Estadão

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Especialistas apontam que a maior responsável pelo controle da pandemia é a vacina. Hoje, 94,28% da população adulta de São Paulo está vacinada com as duas doses. A cidade também avança com a imunização dos adolescentes de 12 a 17 anos. Toda população desta faixa etária que reside na capital paulista já tomou a primeira dose, de acordo com o boletim da secretaria municipal de saúde.

Apesar de ter começado a vacinar depois de outras grandes cidades do mundo, como Nova York, Berlim e Madri, a capital paulista contou com uma maior adesão da população e conseguiu avançar com a imunização mais rápido. “A capacidade de vacinação, com a capilaridade do Sistema Único de Saúde, e a confiança do brasileiro em vacinas foram essenciais para o estágio atual de controle da pandemia em São Paulo e no Brasil”, avalia Renato Kfouri, diretor da Sociedade Brasileira de Imunização (SBIm).

A média móvel de mortes causadas por covid-19 vem em queda na cidade há algumas semanas. Atualmente, São Paulo vive o menor patamar desde o início da pandemia, com a média de mortos em sete dias em 3,86. As internações também caíram e a ocupação de leitos de UTI chegou na quarta-feira a 33% dos 563 em operação.

No pior momento da pandemia, a cidade chegou a ter 1,4 mil leitos de UTI exclusivos para casos graves da doença e 95% ficaram ocupados. A vacinação já estava em andamento, mas somente idosos acima de 70 anos e profissionais de saúde haviam tomado a segunda dose.

Apesar da melhora, especialistas não consideram que a pandemia chegou ao fim. Com surtos do vírus observados em outros países e a possibilidade do surgimento de novas variantes, a continuidade de medidas como o uso de máscara, por exemplo, é vista como necessária. “Esse uso deveria continuar sendo incentivado, já que as máscaras não trazem nenhum prejuízo”, disse Renato Kfouri.

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Na avaliação do secretário Edson Aparecido, medidas de controle sanitário foram essenciais junto com a vacina para o controle da pandemia. “Hoje, a maior parte das infecções acontecem no ambiente familiar, que é onde menos se usa máscara”, declarou.

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