
29 de outubro de 2009 | 17h27
Ondas de contaminação pelo vírus H1N1 da gripe suína, disseminadas pelos cerca de 3 milhões de peregrinos que viajarão de e para Meca no mês que vem para a peregrinação do hajj ameaçam aumentar a pressão sobre os sistemas de saúde pública de todo o mundo, afirmam especialistas.
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"Nenhuma região pode ser considerada fora de perigo", dizem especialistas dos Estados Unidos e árabes, incluindo o vice-ministro de saúde preventiva da Arábia Saudita, em artigo publicado na revista Science.
A peregrinação em si, na última semana de novembro, fornece condições ideais para a disseminação da gripe, que é transmitida em gotículas de saliva e pelo contato físico.
"A densidade dos peregrinos, a natureza dos rituais e o contato próximo recomendado durante as orações oferecem uma atmosfera perfeita para a transmissão", escrevem Shahul Ebrahim, dos Centros para Prevenção e Controle de Doenças (CDC) do governo dos Estados Unidos, e Ziad Memish, do governo saudita.
Cerca de 3 milhões de peregrinos de mais de 160 países normalmente tomam parte no hajj, na cidade sagrada de Meca, incluindo 2 milhões vindos do exterior.
Memish e Ebrahim também dizem que após a peregrinação cerca de 45 mil peregrinos europeus e mais de 15 mil da América do Norte passarão por importantes aeroportos internacionais a caminho de casa, aumentando o risco de disseminação do vírus para o restante do mundo.
"A exportação do vírus H1N1 relacionada ao hajj, por meio de peregrinos em retorno, pode, potencialmente, iniciar ondas de epidemias por todo o mundo e exigir mais dos sistemas de saúde", escreveram.
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