
20 de março de 2013 | 13h01
Pesquisadores apresentaram na manhã desta quarta-feira, 20, no Museu Nacional/URFJ, partes do maior fóssil de pterossauro (réptil voador contemporâneo dos dinossauros, da era mesozóica) descoberto no Hemisfério Sul e terceiro maior do mundo, com 8,5 metros de uma ponta da asa à ponta da outra.
Partes da cabeça, das asas, da coluna vertebral e outros ossos foram encontrados na Chapada do Araripe, entre os Estados de Ceará, Pernambuco e Piauí, no depósito de fósseis conhecido como Formação Romualdo. Uma réplica em tamanho natural do voador gigante fará parte da exposição permanente sobre pterossauros que será aberta ao público a partir de sexta-feira, 22, no Museu Nacional, na Quinta da Boa Vista (zona norte).
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Parte da espécie Tropeognathus mesembrinus, da família Anhangueridae, já conhecida por animais menores, o pterossauro encontrado no Nordeste brasileiro viveu há 110 milhões de anos, o que revela uma novidade no estudo dos pterossauros gigantes.
Até agora só se conheciam fósseis de animais que viveram em período entre 72 e 65 milhões de anos. “O gigantismo de pterossauros é bem anterior ao que se supunha”, disse o pesquisador Alex Kellner, integrante da equipe de paleontólogos que pesquisou os fragmentos originais e reconstituiu o pterossauro.
Segundo Kellner, os dois pterossauros maiores encontrados anteriormente, nos Estados Unidos e na China, tiveram suas medidas (com 11 metros e 10 metros de uma ponta à outra da asa, respectivamente) concluídas a partir de partes muito fragmentadas, enquanto no Brasil os fósseis são mais preservados.
A reconstituição do pterossauro em exibição no Museu Nacional mostra que o animal tinha uma crista na cabeça que, segundo os pesquisadores, servia para regular a temperatura do corpo, e dentes compridos e finos que indicam que se alimentava de peixes.
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