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Cientistas australianos descobrem 'ilha-fantasma' no Pacífico

Local aparece em mapas, mas não é identificado por pesquisadores ou carta de navegação

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Por Redação
Atualização:

SYDNEY - Cientistas australianos descobriram que uma ilha do Pacífico Sul, na realidade, não existe, embora o local apareça em vários mapas há mais de uma década, informou nesta quinta-feira, 22, o diário local Sydney Morning Herald.

 

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A suposta ilha, que deveria estar entre a Austrália e a Nova Caledônia, aparece inclusise no Google Earth, sistema cartográfico do Google, com o nome de Sandy. Mas o descobrimento do erro ocorreu quando uma equipe de pesquisadores, liderada pela geóloga Maria Seton, percebeu que não havia nada na área onde a ilha deveria estar.

 

"Começamos a suspeitar quando os mapa de navegação utilizados no barco mostravam uma profundidade de 1,4 mil metros em uma área onde os nossos mapas científicos e o Google Earth denunciavam a existência de uma ilha de grande porte", disse a pesquisadora. "De alguma forma, esse erro foi propagado ao mundo a partir de um banco de dados que é utilizado para a confecção de vários mapas", acrescentou a geóloga, da Universidade de Sydney.

 

A "ilha-fantasma" aparece regularmente em publicações científicas desde o ano 2000. Até mapas meteorológicos citam o local. Mas a ilha não aparece em documentos do governo francês, que teria a jurisdisção sobre ela, nem nas cartas de navegação, elaboradas a partir de medições de profundidade.

 

Steven Micklethwaite, outro membro da equipe de cientistas, disse que depois de encontrar o erro, seus colegas começaram a estudar o leito marinho para enviar essa informação posteriormente às autoridades competentes para modificar os mapas. Os cientistas viajaram por 25 dias para estudar a região. 

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