15 de julho de 2010 | 16h49
Químicos da Coreia do Sul e dos EUA aperfeiçoaram um tipo de cristal artificial, dobrando sua capacidade de absorver e armazenar dióxido de carbono.
Chamados de armações orgânico-metálicas, os cristais são estruturas porosas e estáveis que podem absorver e comprimir o gás em espaços muito reduzidos.
Cientistas esperam que materiais assim levem a uma energia mais limpa e ajudem a capturar o dióxido de carbono que aprisiona o calor do Sol na atmosfera da Terra, causando aquecimento global.
Chefiado por Omar Yaghi, do Instituto NanoSystems da Universidade da Califórnia, a equipe aperfeiçoou um cristal anterior, chamado MOF-177, e produziu duas novas versões - MOF-200 e MOF-210 - que podem armazenar até o dobro de gás.
"Porosidade é um jeito de conseguir muito com pouco", disse Yaghi, em nota. "Em vez de ter apenas a superfície externa de uma partícula, fazemos pequenos furos para aumentar dramaticamente a área".
Os cristais aperfeiçoados são descritos em um artigo publicado na edição online da revista Science.
O químico Jaheon Kim, da Universidade Soongsil de Seul, que ajudou a projetar o MOF-210, descreveu um grama de MOF como tendo o tamanho aproximado de quatro cubos de açúcar.
Se desdobrado, cada grama cobriria mais de 5.000 metros quadrados, disse Yaghi.
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