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Cientistas descobrem como alguns cânceres se tornam malignos

Molécula conhecida como PML limita a reprodução das células cancerosas e sua presença determina se o câncer é maligno ou benigno

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Por Redação
Atualização:

As células cancerosas se reproduzem dividindo-se em duas, mas a molécula conhecida como PML limita a quantidade de vezes que isso pode acontecer, de acordo com pesquisadores liderados por Gerardo Ferbeyre, da Universidade de Montreal. A equipe provou que cânceres malignos têm problemas com essa molécula, o que significa que na sua ausência eles continuam crescendo e, eventualmente, se espalham para outros órgãos. A presença das moléculas de PML pode ser facilmente detectada e pode servir para diagnosticar se um tumor é maligno ou benigno.

 

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"Nós descobrimos que células de câncer benigno produzem as moléculas de PML e apresentam grande quantidade de corpos PML, mantendo-os em um estado dormente. Já as células de câncer maligno ou não produzem ou não conseguem organizam os corpos de PML e portanto se reproduzem descontroladamente", explicou Ferbeyre. Quando um tumor é benigno, isso significa que ele não se espalha para outras partes do corpo.

 

A equipe de pesquisadores se formou na descoberta anterior de Ferbeyre de que PML é capaz de forçar células a entrar em senescência - estado de maturidade na vida de uma célula em que ela não pode mais se reproduzir, sendo uma defesa natural contra a formação de tumores. No entanto, nos últimos dez anos, o mecanismo pelo qual isso foi atingido continua em sua maior parte desconhecido.

 

"Nossas descobertas desvendam a inesperada habilidade da PML de organizar uma rede de proteínas supressoras do tumor para reprimir a expressão ou a quantidade de outras proteínas necessárias para a proliferação celular", explicou a pesquisadora Véronique Bourdeau. Essas proteínas são moléculas essenciais no nosso corpo e tem um papel no controle do nascimento, crescimento e morte das células. O pesquisador Mathieu Vernier enfatizou que "essa é uma descoberta importante com implicações para o nosso entendimento sobre como um organismo normal se defende da ameaça apresentada pelo câncer."

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