
02 de fevereiro de 2012 | 12h01
Pesquisadores espanhóis criaram um tecido antibacteriano para fabricar meias que não produzem mau cheiro após seu uso e que não causam problemas na pele, como coceiras e fungos.
A novidade foi desenvolvida pelo Centro de Inovação Tecnológica (CTF) da Universidade Politécnica da Catalunha (UPC) e a empresa Sutran y Mas. O objetivo é que as meias sejam comercializadas em breve.
Para produzirem o tecido, os pesquisadores usaram fibras de celulose, geralmente utilizadas para fins médicos, com uma solução de zinco e outros componentes que funcionam como bactericida.
Além de evitar o mau cheiro e evitar fungos e coceiras, a meia é muito útil para pessoas que sofrem de hiperidrose (suor excessivo) e esportistas. As propriedades estruturais do tecido são excelentes para absorver umidade. Outra boa notícia é que o tecido pode ser utilizado na fabricação de outros tipos de roupas.
Atualmente, os produtos têxteis comercializados para evitar o mau cheiro provocado pelo suor utilizam como agente bactericida a prata, elemento que tem causa efeitos colaterais na pele, como dermatose, fungos e coceiras.
Os pesquisadores do CTF comprovaram que o zinco aplicado na fibra elimina 99,8% da presença dos microorganismos "Staphylococus Aerus" e 97,8% do "Klebsiela "Pneumoide", bactérias resistentes que causam o mau cheiro.
O Centro de Inovação Tecnológica da Universidade Politécnica da Catalunha foi inaugurado em 1972 e é especializado no desenvolvimento de novas estruturas têxteis para aplicações técnicas e inteligentes.
A empresa Sutran y Mas comercializou com sucesso a primeira camiseta antisuor do mundo, criada há dois anos.
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