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Cientistas espanhóis descobrem pistas para entender a epilepsia

Sinapses elétricas neuronais e mutações genéticas se relacionam com a doença

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Por Redação
Atualização:

Cientistas espanhóis do Hospital Ramón e Cajal de Madrid apresentaram importantes pistas para entender a contribuição das sinapses elétricas neuronais na gênese da epilepsia, assim como para identificar mutações genéticas relacionadas com esta doença.   O pesquisador Luis Barrio, da Unidade de Neurologia Experimental do Departamento de Pesquisa do Hospital Ramón e Cajal, chefe da pesquisa, explicou à agência Efe que as descobertas permitirão buscar novas fórmulas para agentes antiepilépticos.   A epilepsia é uma doença do sistema nervoso central que se manifesta em forma de crises inesperadas, desencadeadas por uma atividade elétrica excessiva de um grupo de neurônios hiperexcitáves, e a idade na qual se costuma registrar maior incidência do mal é durante a primeira década de vida.   Os neurônios se comunicam entre si de duas maneiras, sendo uma delas as sinapses de tipo elétrico ou com canais intercelulares entre os neurônios, uma via direta de comunicação entre neurônios vizinhas para a transmissão de sinais de tipo elétrico, que foi investigada neste estudo.   Até agora, não se conhecia de que maneira o ph intracelular (concentração intracelular de íons de hidrogênio) regulava a transmissão de sinais através das sinapses elétricas.   O objetivo do trabalho era determinar as propriedades de regulação das sinapses elétricas por ph, e o que se descobriu é que os canais que as formam se fecham com variações de ph de tipo alcalino, "ou seja que aumenta o ph intracelular".   "Isto era completamente desconhecido até agora, e, além disso, inesperado, porque o paradigma em vigor é de que os canais intercelulares na maioria dos tipos celulares se bloqueiam por acidose", explicou Barrio.

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