Clínicas voltam a ter filas por vacina contra a gripe no Rio e em SP

Lotes têm durado pouco tempo, provocando uma corrida principalmente de pais em busca de proteção para os filhos

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Por Fabiana Cambricoli E ROBERTA PENNAFORT
Atualização:
São Paulo. Mães chegam cedo em busca da imunização Foto: GABRIELA BILO / ESTADAO

Clínicas privadas do País voltaram a registrar filas em busca da vacina contra a gripe. Nesta sexta-feira, 1º, o Estado havia mostrado que novos lotes entregues às unidades da capital terminavam em poucas horas e que alguns estabelecimentos fizeram até lista de espera pelo produto. 

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Em uma clínica dos Jardins, na zona oeste da capital paulista, onde um lote de vacina terminou em duas horas no início da semana, interessados chegaram cedo nesta sexta para garantir a imunização com a chegada de um novo lote.

Mesmo no Rio, onde ainda não há surto e foram só três casos e uma morte pelo vírus H1N1, as clínicas também estão abarrotadas. Na Kinder, as filas começaram na terça-feira passada, com distribuição de senhas e reposição de estoque durante a semana. Um lote extra chegou na tarde desta sexta. A expectativa era de que se esgotasse em poucas horas. Na Vaccini, profissionais relataram ter desistido de atender o telefone, tal a quantidade de ligações para saber sobre doses disponíveis. Hoje, o horário de atendimento deverá ser estendido para dar conta da demanda.

A dentista Isabel Bastos Deluiz foi vacinar a filha de 3 anos e também se imunizou, como forma de resguardar a caçula, de seis meses – para o bebê, a vacina é diferente e não havia doses. “Minha filha mais velha sempre toma, então como o surto foi antecipado, resolvi dar logo, com medo de que as vacinas acabem. Meu marido é dentista e vai tomar também. A rotatividade de pacientes é grande.”

O temor de que os Jogos Olímpicos agravarão o quadro da H1N1 no Rio, com a chegada de estrangeiros, não se justifica, na avaliação da virologista Marilda Siqueira, chefe do Laboratório de Vírus Respiratórios e Sarampo do Instituto Oswaldo Cruz. “Os jogos serão em agosto e setembro (Paralimpíada), quando os visitantes do Hemisfério Norte, que devem ser maioria na cidade, já estarão no verão deles”, explicou. 

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