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Colesterol alto ameaça o coração dos brasileiros

Perigo: descontrole nas taxas do colesterol causa doenças cardíacas graves

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Por Novartis
Atualização:
5 min de leitura
Getty Images 

O colesterol nas alturas tem papel preponderante no aparecimento de problemas como infarto e acidente vascular cerebral (AVC), ou derrame.3 Diante de tamanha relevância, o tema ganhou uma data voltada à conscientização sobre o problema no Brasil – hoje, 8 de agosto, é o Dia Nacional de Prevenção e Controle do Colesterol. Para contribuir com as discussões, o Estadão Blue Studio organizou o webinar “Doenças Cardiovasculares: precisamos dizer não ao colesterol alto”, que teve o patrocínio da Novartis.

Na primeira mesa do evento, realizado no dia 3 de agosto, especialistas falaram sobre as estratégias para o controle do colesterol alto de forma a reduzir a incidência de doenças cardiovasculares. “O infarto, que acontece quando há o fechamento das artérias que levam sangue para o coração, e o AVC, que ocorre pela obstrução ou pelo rompimento daquelas que levam sangue para o cérebro, são as doenças que mais matam no mundo”, pontuou o cardiologista Roberto Kalil, presidente do Conselho Diretor do Instituto do Coração da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). Grande parte dessas mortes, continuou o médico, poderia ser evitada com o gerenciamento de fatores de risco. “O LDL, o colesterol ruim, machuca a parede das artérias. A pessoa então desenvolve uma inflamação que pode causar uma obstrução total”, disse Kalil, que é também diretor do Centro de Cardiologia do Hospital Sírio-Libanês.

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Endocrinologista e secretário-geral da Sociedade Brasileira de Diabetes, João Eduardo Salles esclareceu que o colesterol é importante para o funcionamento do organismo; o problema é quando suas taxas estão descontroladas e associadas a outras ameaças, como histórico familiar, diabetes, obesidade, sedentarismo e tabagismo. “Evidências científicas mostram que quem tem alto risco de ter doença cardiovascular deve manter o LDL próximo de 70 mg/dl, e quem já infartou ou teve AVC, próximo de 50 mg/dl.”

O cardiologista Álvaro Avezum, diretor do Centro Internacional de Pesquisa do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo, enfatizou: “O colesterol é um fator de risco que, quando controlado, tem maior impacto na redução de infarto. Ele é fácil de identificar e passível de ser tratado”. Para Avezum, exercício físico e redução de determinados tipos de gordura na alimentação são estratégias importantes. Na visão do cardiologista Andrei Sposito, professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), uma das maiores dificuldades em fazer alterações na rotina em prol da saúde se deve ao fato de que as doenças cardiovasculares são silenciosas. “A pessoa não se percebe em risco. Se o médico avisa que é preciso comer menos e fazer atividade física, não se trata de uma mudança simples. É muito difícil controlar o colesterol só com mudança no estilo de vida.”

O poder da conscientização

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“A motivação de cada um é interna”, disse a nutricionista Bianca Naves, da clínica Nutrioffice, em São Paulo. “Em geral as pessoas sabem o que comer, mas não como comer. Cabe a nós, profissionais, orientar como fazer mudanças de forma gradativa. Quando o paciente começa a sentir bem-estar, mais disposição, ele promove ações contínuas.”

Para Roberto Kalil, conscientização e prevenção são fundamentais para evitar as milhões de mortes ligadas ao colesterol. “Existe uma gama de medicações para baixar as taxas. Mas muitas vezes o indivíduo suspende o tratamento por conta própria quando os níveis diminuem.”

Remédio de colesterol funciona enquanto você toma. Se você para, o colesterol sobe

João Eduardo Salles, endocrinologista e secretário-geral da Sociedade Brasileira de Diabetes

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“Remédio de colesterol funciona enquanto você toma. Se você para, o colesterol sobe”, ponderou João Salles. De acordo com o médico, as estatinas são os principais medicamentos para tratar o problema. “A medicina e as medicações estão caminhando. Assim como nas terapias do câncer, vemos avanços no tratamento do colesterol alto. Há e haverá medicamentos novos, que são muito bons e são associados à estatina nesse controle.”

Na sua mensagem final, Álvaro Avezum resumiu as medidas de prevenção: “Não fume, meça a pressão, avalie o colesterol e trate continuamente, faça atividade física, tenha alimentação saudável e gerencie estresse e depressão”.

Políticas públicas para salvar vidas

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No segundo painel do dia, o foco foi sobre programas de prevenção capazes de impactar a incidência de doenças cardiovasculares. Para Marlene Oliveira, presidente do Instituto Lado a Lado pela Vida, é muito importante mudar a abordagem desses problemas. “Costumamos falar e agir quando a doença já está instalada; precisamos focar em prevenção”, defendeu. Na opinião de Marlene, o controle deve acontecer na atenção primária, ou seja, nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), que são a porta de entrada dos pacientes – e acompanhar toda a jornada, definindo linhas de cuidados, além de investir continuamente em disseminação de conhecimento, inclusive nas escolas.

Costumamos falar e agir quando a doença cardíaca já está instalada; precisamos focar em prevenção

Marlene Oliveira, presidente do Instituto Lado a Lado pela Vida

A deputada federal Mariana Carvalho, que é cardiologista, destacou um projeto de lei aprovado pela Câmara dos Deputados e em andamento no Senado que cria o Dia Nacional da Conscientização das Doenças Cardiovasculares nas Mulheres. “Os óbitos por essas causas vêm crescendo entre elas e hoje praticamente se igualam aos dos homens.”

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Prevenção e tratamento

Cardiologista e professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Francisco Fonseca ressaltou que estamos vivendo avanços na compreensão e no tratamento de doenças cardiovasculares. “Mas existem vários Brasis, e há uma desigualdade cultural muito grande que limita as possibilidades de mudar radicalmente os números. Para isso há uma necessidade de ferramentas de monitoramento.”

Para o cardiologista Márcio Sommer Bittencourt, do Hospital Universitário da USP, a covid-19 mostrou o quanto é importante de fato conhecer dados relativos às doenças. “Eles permitem saber quem são, quantas são e quão bem diagnosticadas estão as pessoas e como estão sendo feitas as intervenções.” No caso do colesterol, exemplificou o médico, para que seja possível criar políticas públicas para seu controle, o jeito adequado seria medir essas taxas, fazer intervenções e medir de novo depois para avaliar o que funcionou.

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O médico José Eduardo Fogolin, ex-diretor de Atenção Especializada no Ministério da Saúde, falou sobre a importância da promoção de saúde aliada à prevenção tanto do ponto de vista de saúde pública quanto na suplementar. “Isso traz também um componente de gestão para a área, ou seja, permite utilizar recursos com mais eficiência e olhando o paciente no sentido mais preventivo.”

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