A Rede Genômica, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), identificou a variante Ômicron do novo coronavírus em 99,7% das amostras sequenciadas no período de 11 de fevereiro a 3 de março. Os dados foram divulgados nessa sexta-feira, 11. Após o pico da variante no final de janeiro, os registros totais de casos, internações e mortes estão em queda no País.
No total, foram produzidos 2.971 genomas. Apesar de mais de 40 linhagens, a pesquisa identificou apenas três da Ômicron: BA.1 (13.072 genomas), BA.1.1 (2.193 genomas) e BA.2 (21 genomas).
Além do Laboratório de Vírus Respiratórios e Sarampo do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), no Rio de Janeiro, outras cinco unidades de laboratórios de cinco Estados participaram desta pesquisa: Amazonas, Bahia, Ceará, Minas Gerais e Pernambuco.
As primeiras amostras foram encontradas no fim de novembro. Poucos dias depois, no mês seguinte, estava presente em 39,4% dos casos. Em janeiro, dominava com 95,9%.
O Laboratório de Referência Nacional sequenciou ainda os genomas de primeira e segunda amostra de 10 casos de reinfecção relacionados à BA.1.
As informações foram coletadas pelos pesquisadores da Rede a partir da parceria e colaboração com os Laboratórios Estaduais de Saúde Pública (Lacens), da Coordenação-Geral de Laboratórios do Ministério da Saúde, de Laboratórios de Assistência Diagnóstica da Fiocruz e outras instituições brasileiras.
O Brasil alcançou nesta sexta-feira, 11, a marca de 654.612 mortes decorrentes da covid-19. A média móvel de óbitos, que elimina distorções entre dias úteis e fim de semana, está em 467, voltando a ficar abaixo de 500. Nos últimos dois dias, ela foi de 505 e 500, respectivamente. Entre 3 e 8 de março, a média estava na casa dos 400 após tendência de queda que se iniciou em 13 de fevereiro. No entanto, o número ainda alto em comparação ao que se viu nas primeiras semanas de janeiro.
Foram notificados ainda 54.745 novos casos de infecções pelo coronavírus nesta sexta. A média móvel de casos ficou em 46.895. Em comparação a duas semanas atrás, houve queda de 45,9%. O número total de diagnósticos positivos está em 29,3 milhões.