Com filas em postos de saúde, Pará recorre a médicos cubanos

Filas se formaram na Policlínica Metropolitana, em Belém, centro médico específico para atendimento a casos suspeitos de coronavírus. Oitenta e seis estrangeiros vão reforçar estrutura do Estado

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Por Redação
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Com filas na rua em espaços para atender suspeitas de coronavírus e poucos leitos disponíveis, o Pará vai agora recorrer a médicos cubanos. A Procuradoria-Geral do Pará (PGE) liberou nesta quarta-feira, 22, parecer jurídico com as orientações técnicas necessárias à contratação, pelos órgãos estaduais, de 86 profissionais estrangeiros – que ali já atuaram na década passada –, para reforçar o atendimento de covid-19. Os médicos devem atuar no Hospital de Campanha instalado no Hangar – Centro de Convenções da Amazônia –, na capital paraense, e nas unidades básicas de saúde (UBSs) e de pronto-atendimento (UPAs) do município.

Houve filas imensas e necessidade de fechar portões na Policlínica Metropolitana, na capital paraense Foto: RAIMUNDO PACCÓ/FRAMEPHOTO

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“As contratações serão feitas pelo Estado para que os médicos atuem em Belém, onde há o maior número de infectados. E vão auxiliar a prefeitura neste momento de crise”, explicou o procurador-geral do Estado, Ricardo Sefer. Nesta terça-feira, 21, houve filas imensas e necessidade de fechar portões na Policlínica Metropolitana, na capital paraense. 

O centro médico foi direcionado especificamente para atender casos suspeitos do novo coronavírus. “Devido à grande demanda registrada no primeiro dia de atendimentos, foi necessário realinhar o fluxo de assistência no local. Só na terça-feira (21), a Policlínica atendeu 380 pacientes e realizou 8 transferências para o Hospital de Campanha do Hangar”, informou a Secretaria de Saúde. 

O serviço, que deveria funcionar até 22 horas, precisou ser suspenso no fim da tarde, o que motivou ainda um apelo do governador Helder Barbalho (MDB), que também contraiu a doença e está isolado. “Pessoal, um esclarecimento e uma convocação. A Policlínica não é pronto-socorro. Ela é um apoio para a rede municipal de saúde de Belém para combater a covid-19. Nós estamos fazendo nossa parte. Que prefeitos e que cada um faça sua parte também. Somente juntos é que vamos vencer”, disse nas redes.

Segundo informe do governo do Estado, havia nesta terça somente 16 leitos de UTI vagos. A situação é crítica porque vítimas da covid-19 chegam a ocupar leitos por até três semanas.

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