12 de novembro de 2015 | 03h00
RECIFE - O aumento de casos de microcefalia em Pernambuco foi descoberto a partir de uma conversa entre mãe e filha. Intrigada com a rotina pouco usual do dia, Ana Van der Linden, neuropediatra do Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira, contou para filha, a também neuropediatra do Hospital Barão de Lucena, ter atendido, em um só dia, sete casos da doença. “No mesmo dia, recebi cinco casos”, recorda Vanessa Van der Linden.
Para tirar a prova, ambas ligaram para a neuropediatra Adélia Souza, que também relatou aumento de casos. “A partir daí, uma rede se formou”, conta Adélia. “Em poucos dias, já tínhamos mais de 40 casos.”
O professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e colaborador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Carlos Brito iniciou então a investigação, reunindo os dados dos bebês e das mães. Uma reunião com a Secretaria de Estado da Saúde de Pernambuco foi realizada e as ações não pararam.
Um protocolo surgiu para diagnóstico de pacientes e, na próxima etapa, será feito um manual para atendimento dos bebês.
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