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Conversa marca a interação mãe-bebê

Estudo realizada em sete países mostra que, no Brasil, conversar e fazer a criança rir são as formas mais comuns de relação

Por Paula Felix
Atualização:

SÃO PAULO - Conversas constantes e brincadeiras que fazem sorrir são atividades rotineiras da engenheira Cristina Parisotto, de 38 anos, e de seu filho Rodrigo, de 7 meses. Dela e também de um grupo de brasileiras que participaram de uma pesquisa internacional que avaliou as principais formas de interações entre mães e filhos em sete países.

Segundo o levantamento do centro de pesquisa norte-americano Illuminas Global, 89% das brasileiras falaram que a principal atividade realizada com os bebês é a conversa; tentar fazer a criança rir ficou em segundo lugar com 87%; e usar brinquedos para fazer a interação ficou em terceiro lugar (70%). A pesquisa foi feita com 3,5 mil mulheres entre 21 e 40 anos nos Estados Unidos, no Reino Unido, na França, na Rússia, no México, na China e no Brasil, em fevereiro e março deste ano, a pedido da empresa multinacional Fisher-Price.

Interação entre Cristina Parisotto, de 38 anos, e seu filhoRodrigo, de 7 meses Foto: Gabriela Biló/Estadão

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“Eu converso, repito os sons que ele faz, imito bichos. Ele brinca o tempo todo e é uma criança feliz em tempo integral, menos quando está com fome”, diz Cristina.

Segundo a terapeuta e especialista em desenvolvimento infantil Teresa Ruas, o diálogo e as interações são fundamentais para o desenvolvimento do bebê. “Somos seres sociais e, desde pequenino, o ser humano busca a interação. Essa ligação é vital e quando a mãe olha no olho, conversa, faz sorrir ou dança com o bebê, ela expressa afeto, formas de comunicação e questões culturais que são assimiladas pela criança e são importantes para o desenvolvimento.”

A psicóloga clínica e pesquisadora da primeira infância Polianne Alves explica que, para a criança se desenvolver e aprender a se expressar, o ideal é que a interação seja natural. “A mãe ou quem faz esse papel tem de apresentar o mundo para os bebês, mas é preciso achar uma brincadeira prazerosa para os dois lados, não pode ser obrigação.”

Desejos. A pesquisa analisou ainda as características de personalidade que as mães desejam para os filhos. No ranking brasileiro, lideram honestidade, respeito aos pais e aos mais velhos, boas maneiras, felicidade e boa higiene pessoal. A importância de cuidar do ambiente também foi citada por 67% das mães do Brasil.

Mãe de Maria Eduarda, de 4 meses, a comerciante Amanda Frutuoso, de 26 anos, diz que trocaria a ordem do ranking de desejos. “Acho que a felicidade vem em primeiro lugar. E também incluiria saúde.”

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Ela conta que as atividades com a filha também são importantes para sua adaptação dentro do universo da maternidade. “Ainda estou entrando no ritmo, porque é muito cansativo, mas conversar e brincar com a minha filha são coisas que fazem com que eu me fortaleça. Quando ela sorri para mim, é um presente. Não tem como ficar nervosa.”

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