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Coronavírus e diabete: entenda por que a doença aumenta risco de complicações

CONTEÚDO ABERTO PARA NÃO-ASSINANTES: Estima-se que o risco de complicação seja 7% maior para quem tem essa enfermidade em caso de infecção pela covid-19

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Por Ludimila Honorato
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SÃO PAULO - Pessoas de todas as idades podem ser afetadas pelo novo coronavírus, a covid-19, mas os idosos e aquelas com doenças crônicas tendem a desenvolver um quadro mais severo caso sejam infectados. A diabete é uma dessas condições de vulnerabilidade e estima-se que o risco de complicação seja 7% maior para quem tem essa enfermidade.

No Brasil, 16,8 milhões de adultos, entre 20 e 79 anos, têm diabete, segundo a Federação Internacional de Diabete. A maioria (90%) é diagnosticada com o tipo 2, que geralmente está associada ao sobrepeso e fatores de risco como hipertensão, maus hábitos alimentares, sedentarismo e baixo nível de colesterol bom.

No Brasil, 16,8 milhões de adultos, entre 20 e 79 anos, têm diabete, segundo a Federação Internacional de Diabete Foto: Felipe Rau/Estadão

“As pessoas com diabete que apresentam os níveis de glicose no sangue constantemente altos e que, portanto, estão mal controladas, podem apresentar uma queda na imunidade do organismo”, explica Claudia Pieper, membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbem). Essa baixa no sistema de defesa, que também pode afetar pessoas com diabete tipo 1, pode fazer com que a recuperação de qualquer infecção seja mais difícil.

Diabete pode agravar infecção por novo coronavírus

Segundo a médica, os afetados pela covid-19 na China que tinham diabete, hipertensão arterial e insuficiência cardíaca, além de história de doença respiratória (asma, bronquite, enfisema), foram os que apresentaram maior índice de mortalidade.

“Caso o paciente tenha uma idade mais avançada, acima dos 65 anos, e complicações crônicas da diabete, como problemas cardiovasculares, nefropatia e neuropatia, também agravaria a recuperação de um quadro de infecção”, diz Claudia.

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A relação entre diabete e o novo coronavírus também pode gerar um efeito inverso. A endocrinologista explica que qualquer quadro de infecção pode aumentar os níveis de glicose no sangue, principalmente quem tem diabete tipo 1 e precisa tomar insulina desde o diagnóstico.

“Neste caso, a pessoa costuma ter mais sede, boca seca e urinar um maior volume e mais vezes, além de poder apresentar enjoos e vômitos”, diz. Um quadro como esse requer atendimento médico com urgência.

Cuidados para quem tem diabete

Claudia reforça que, segundo a Associação Americana de Diabete, a vulnerabilidade de pessoas com essa doença contraírem o novo coronavírus não seria diferente da população em geral - a menos que não sejam tomadas as devidas precauções.

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“Pessoas com diabete devem seguir todas as recomendações que estão sendo dadas de higiene pessoal e também precisam tomar seus medicamentos para o controle da glicemia, seja insulina ou comprimidos, conforme prescrição médica”, orienta a especialista.

Ela lembra que uma alimentação equilibrada e a realização de testes de glicemia capilar (mais conhecido como teste da ponta de dedo) devem ser feitas conforme as orientações médicas. “Isso ajudará a saber como está a glicemia no dia a dia, evitando que ela se mantenha alta e causando complicações no curto e longo prazos na vida da pessoa com diabete.”

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