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Covid-19: O que fazer para se proteger do aumento de casos da doença?

Vacinação de reforço, retomar o uso de máscaras e medidas básicas de higiene são respostas eficazes

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Por Redação
Atualização:

As internações por covid-19 subiram em hospitais privados de São Paulo. Nas escolas, o ensino remoto volta a ser uma opção diante de nova alta de casos. Enquanto isso, a vacinação segue em ritmo considerado lento, com apenas o Estado de São Paulo com mais da metade da população total com a terceira ou quarta aplicações. 

Na última semana, a média foi superou 200 óbitos pela doença no País, que tem, no total, mais de 672 mil mortos. Diante do cenário de retomada de contaminações, é importante relembrarmos as medidas a serem adotadas e que protegem contra o vírus. E, aqui, não há segredo e todos devem saber: vacina, máscara e lavar bem as mãos são as medidas que afastam a possibilidade de infecção pela covid-19.

Máscarasvoltam a ser recomendadas em ambientes fechados e é item importante para a proteção contra a covid-19 Foto: Felipe Rau/Estadão

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Vacinação

A imunização, inclusive com as doses de reforço, é importantíssima para evitar casos graves, reforçam os especialistas. O governo do Estado de São Paulo já começou a aplicação da quarta dose da vacina contra a covid nas pessoas com mais de 40 anos de idade e em todos os profissionais de saúde. Serão aplicadas doses da Pfizer, AstraZeneca e Janssen em quem já tenha recebido a terceira dose há ao menos quatro meses. Se você está habilitado, procure um posto de saúde. Se não tomou a terceira dose ainda, vá até uma unidade de saúde também.

A cobertura vacinal insuficiente favorece a circulação do vírus na população geral – ainda mais durante o outono e inverno, época propícia para doenças respiratórias.

“Com o avanço da vacinação, vemos que os casos graves estão diminuindo, as vacinas estão protegendo contra todas as variantes virais, mas elas não inibem a transmissão da doença”, explica o infectologista Marcos Moura, reforçando a eficácia da imunização para diminuir internações e casos graves.

Máscara

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No dia 1º de junho, o Comitê Municipal de Enfrentamento à Covid de São Paulo decidiu recomendar máscaras em escolas. Um dia antes, o Comitê Científico, grupo que assessora o governo do Estado sobre a pandemia, tinha pedido o uso da proteção em ambientes fechados.

Essas recomendações não alteraram a lei e, portanto, as máscaras continuam obrigatórias apenas no transporte público e em unidades de saúde. Mas, diante da alta, é recomendável voltar a adotar o equipamento de segurança, sobretudo em ambientes fechados. 

Sobre as máscaras, é importante lembrar: os equipamentos de tecido foram considerados soluções temporárias durante o pico da pandemia. Opte pelas máscaras cirúrgicas ou, ainda melhor, a N95 ou PFF2 – estas últimas contam com uma camada de filtragem eletroestática, sendo capazes de filtrar mais de 90% das partículas.

O infectologista Rodrigo Souza reforça que é essencial que a máscara esteja bem ajustada ao rosto. “Não adianta ter uma máscara que fique folgada, porque dessa forma o ar passa”, explica.

Higienização das mãos

Amplamente difundidas no pico da pandemia, as medidas básicas de higienização, como a lavagem frequente das mãos com sabão – ou higienização com álcool em gel, quando não for possível –, continuam a ser importantes e devem ser estimuladas tanto na rua, quanto no ambiente de trabalho ou em casa.

Testagem

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A pessoa com sintomas deve buscar uma unidade de saúde ou uma farmácia para realizar um teste ou adquirir um autoteste para descobrir se está com a doença. Neste caso, o isolamento é importante para conter a contaminação entre amigos, familiares e colegas de trabalho.

“Pessoas que estão tossindo ou com sintomas da covid – como febre e falta de paladar – devem usar as máscaras ou evitar sair de casa, e fazer um teste até o quarto ou quinto dia após o início dos sintomas. Mesmo que não seja covid, seja outra doença viral, o ideal é que a pessoa sintomática procure tratamento médico e fique isolada”, reforça Marcos Moura.

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Apesar do PCR ainda ser o melhor para detecção da doença, quando não for possível realizá-lo, os autotestes ou testes rápidos de farmácia são boas opções, afirma o infectologista. “Não se deve esperar (passar os primeiros dias de sintomas), na dúvida, já faz logo”, diz Moura.

Rodrigo Souza explica que, em uma escala de precisão, o PCR está em primeiro lugar, seguido dos testes de farmácia, e por último, os autotestes. Por isso, a decisão de qual teste realizar depende da situação que levanta a suspeita da doença. “Por exemplo, se a pessoa estiver com febre e teve contato com alguém com covid recentemente, pode fazer um autoteste ou de farmácia, mas se der negativo, deve refazer com o PCR, porque as chances de estar com a doença são altas. Mas se a pessoa está apenas com sintomas gripais, um negativo de autoteste ou teste de farmácia são suficientes”, explica.

Com um teste positivo, a pessoa deve aguardar pelo menos 5 dias em isolamento. Se continuar com sintomas, deve refazer o teste para verificar se o vírus permanece no organismo e seguir em isolamento até 10 dias.

Isolamento e aglomeração

Souza diz que o distanciamento ainda é recomendado pra quem não está com o esquema vacinal completo ou para grupos de risco.

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O infectologista reforça, ainda, a importância de afastar sintomáticos do trabalho e das atividades cotidianas por pelo menos 5 dias, pois manter pessoas com chance de transmissão da doença fora do isolamento é um dos principais causadores do surto da covid em algum ambiente. “Quem tiver tido contato com uma pessoa com covid e não apresentar sintomas, não precisa se isolar, a não ser que não esteja em dia com a vacina”, afirma.

Moura destaca que idosos e pessoas com comorbidades – e pessoas que tenham contato com esses grupos de risco – devem evitar aglomerações como transporte público, shows, festas e eventos. “Enquanto a pandemia não estiver controlada, a pessoa com saúde vulnerável sempre tem risco”, diz o infectologista.

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