26 de agosto de 2013 | 16h33
FORTALEZA - A Federação Nacional dos Médicos, representando 53 sindicatos de médicos, entra às 17 horas desta terça-feira, 27, com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) no Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília, contra o programa Mais Médicos. A informação é do presidente do Sindicato dos Médicos do Ceará (Simce), José Maria Pontes. Segundo ele, os conselhos regionais não darão o registro para os cubanos. "Isso é uma palhaçada. Nós fomos recebidos com spray pimenta em Brasília e os cubanos são recebidos com festa no Brasil. Temos médicos brasileiros excelentes. O que não presta é a saúde pública brasileira", afirmou Pontes.
Para ele, os "cubanos não podem operar porque não sabem. E eles podem fazer um estrago muito grande no Brasil. Isso é um crime", disse.
Padilha adverte CRM de MG sobre omissão
Na sexta-feira, 23, a Associação Médica Brasileira (AMB) e o Conselho Federal de Medicina (CFM) entraram com uma ação no STF para suspender o programa do governo. As entidades reclamam que o trabalho de médicos estrangeiros no País é ilegal.
Nesta segunda-feira, 70 cubanos começaram treinamento em Fortaleza para o Mais Médicos. O treinamento será de três semanas e eles serão avaliados por professores da Universidade Federal do Ceará e da Escola de Saúde Pública do Ceará. Eles chegaram na tarde de domingo direto de Havana. Cada um deles tem curso de Medicina de seis anos e mais três anos de especialização. "Mais de 700 municípios ficaram sem médicos na primeira etapa do Mais Médicos e vamos preencher com estes médicos cubanos, portugueses, argentinos e espanhóis", disse o secretário nacional de gestão estratégica e participativa do Ministério da Saúde, Odorico Monteiro, presente no domingo à recepção aos médicos cubanos que chegaram portando bandeiras de Cuba e do Brasil.
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