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Cuidados com a pele mudam no isolamento

Menos sol e mudanças na alimentação exigem atenção para manter a saúde do nosso maior órgão

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Por Redação
Atualização:
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Tato: Higiene adequada, hidratação e proteção solar formam o tripé que ajuda a evitar maiores problemas com a pele Foto: Getty Images

Mais rugas, mais espinhas e mais feridas nas mãos. Um ano de pandemia trouxe mudanças na pele para muita gente, e os dermatologistas relatam novas queixas dos pacientes nos últimos tempos.

Não há uma receita pronta para todos os tipos de pele, diz Flávia Ravelli, dermatologista e membro da diretoria da Sociedade Brasileira de Dermatologia Regional São Paulo, mas algumas dicas gerais ajudam. “Há três pilares importantes de rotina de cuidados com a pele: higiene adequada com sabonete específico duas vezes por dia, hidratação e proteção solar, todos os produtos de acordo com seu tipo de pele, seja oleosa, mista ou seca”, afirma.

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Outros cuidados com a saúde em geral também se refletem na cútis, sendo o estresse um dos grandes vilões das doenças de pele, diz a médica. Alimentação balanceada e ao menos dois litros de água por dia também são essenciais para manter o maior órgão do corpo humano saudável. “A gente sabe que a melhor forma de adquirir vitaminas é através da alimentação. Muitas vezes, nos complexos multivitamínicos algumas delas são inativadas na presença de outras”, explica.

A vitamina D é uma exceção, e pode ser suplementada sob supervisão médica quando necessário, afirma Flávia. Para evitar a deficiência, a médica sugere tomar sol por alguns minutos todos os dias em áreas que não costumam estar tão expostas à radiação solar ao longo da vida, como barriga, palmas das mãos e plantas dos pés.

Produtos que contêm antioxidantes e ácidos podem sim ser grandes aliados na prevenção do envelhecimento e no tratamento de espinhas, manchas ou poros abertos, diz a dermatologista Bárbara Figueiredo. Mas receitas caseiras e dicas “amigas” sem orientação de um especialista podem ser uma roubada.

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“Eu tenho recebido no consultório muitos pacientes que estão usando produtos de maneira incorreta, até pacientes que tiveram queimaduras no rosto por terem comprado ácidos que viram na internet como se fosse algo maravilhoso, mas que causaram até mesmo a formação de bolhas”, alerta a especialista.

Flávia avisa sobre os perigos de misturar receitas caseiras e sol. “Estou recebendo muitos casos de fitofotodermatite, que é uma queimadura causada pela exposição ao sol depois do contato com uma substância presente em diversas frutas, temperos e plantas.” Você deve conhecer essa mistura perigosa pela má fama do limão. Mas não é só ele que deve ser evitado no sol. Salsinha, figo, aipo e mexerica são outros exemplos de alimentos que podem causar queimaduras, avisa a dermatologista. O melhor é sempre lavar bem as mãos depois de cozinhar ou mexer na horta.

Se as espinhas estiverem aumentando por conta do uso frequente de máscaras, Flávia sugere também esfoliação duas vezes na semana, e Bárbara lembra que é melhor deixar a pele respirar. Evite o uso de maquiagem por baixo, e troque a máscara sempre que possível.

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Mãos sem feridas

Outra parte do corpo que vem sofrendo com a pandemia são as mãos. Casos de dermatite de contato nas mãos estão sendo bastante comuns, dizem as médicas, por causa do uso frequente do álcool em gel e da lavagem das mãos.

De forma alguma essa higiene deve diminuir, alertam as especialistas. O importante é ter cuidados extras para evitar o ressecamento e, consequentemente, a formação de fissuras na pele que podem facilitar a entrada de bactérias, vírus e fungos. Para isso, o melhor aliado é o hidratante, que deve ser aplicado várias vezes ao dia.

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“Metade das vezes a gente consegue resolver parte do problema por teleconsulta. Então tem sido uma ferramenta muito importante, principalmente para fazer uma triagem dos pacientes que precisam vir ao consultório ou não”, diz Flávia. Mas, em alguns casos, é essencial uma visita ao dermatologista.

Pacientes com acompanhamento prévio de pintas e manchas na pele e aqueles que fazem uso de medicamentos que exigem acompanhamento, principalmente imunossupressores, não podem faltar às consultas, alerta a dermatologista. (LP)

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